Objetivou-se construir um processo de intervenção educativa com os profissionais da Estratégia Saúde da Família visando reconhecer e compreender a gravidade dos problemas socioambientais e suas consequências por meio da Educação Ambiental como método formador no campo da saúde do trabalhador. Realizou-se estudo de intervenção, descritivo-exploratório, que contou com quatro encontros realizados com os profissionais de saúde e com pescadores, usuários de uma unidade de saúde. A coleta de dados ocorreu por meio de acesso a banco de dados, rodas de conversas e oficina. A análise dos dados baseou-se nos preceitos da Educação Ambiental, a qual resultou em três temas agrupados: perfil da comunidade; vigilância em saúde na Unidade Básica Saúde da Família; e mobilidade da notificação. Observaram-se encaminhamentos condizentes com os acometimentos comuns à atividade laboral do território, além de um baixo índice notificatório de agravos à saúde do trabalhador, da compreensão errônea das nomenclaturas dos formulários utilizados pelos profissionais e da falta de mecanismos permanentes que deem visibilidade e efetiva consideração à categoria trabalho, apresentando, após as intervenções, melhorias nos indicadores de notificação, bem como na oferta de serviços à população-alvo.