Nos últimos anos a divulgação científica se reafirmou como importante para um projeto de nação e de educação em ciências com vistas à alfabetização científica. Nesse cenário a itinerância na divulgação científica vem ganhando destaque. O objetivo desta pesquisa foi descrever e analisar a elaboração de uma atividade de divulgação científica itinerante durante o período de distanciamento social. Essa atividade é caracterizada por unir ciência e arte, adotando o Teatro do Oprimido como linguagem artística. A pesquisa foi desenvolvida na perspectiva da análise qualitativa, seguindo delineamentos de estudo de caso, tendo os dados sido coletados por meio de observação participante, caderno de campo, registros em áudio e vídeo e de documentos, durante os anos de 2020 e 2021. Percebemos que houve diversas adaptações a fim de viabilizar a atividade e que o tempo para montagem da atividade aumentou. Contudo, houve permanência das diretrizes de não colocar o visitante/usuário na posição de receptor passivo, de favorecer a atuação mais direta do público, de apresentar situações-problema desafiadoras e de favorecer o diálogo com interesses culturais e vivências cotidianas. O principal fator restritivo foi a não disponibilidade de recursos para facilitar a itinerância, nesse caso dependente de computadores e internet com configurações adequadas.