O ciclo estral da cadela difere de fêmeas de outras espécies e tem como protagonista principal o corpo lúteo, glândula endócrina transitória que secreta diversos fatores relacionados à sua manutenção e regressão. Um dos fatores chaves que regula a angiogênese é o VEGFA, fator de crescimento endotelial pertencente a uma ampla família. O objetivo do trabalho foi revisar a importância do VEGFA, de suas isoformas, seus receptores e dos fatores de crescimento na angiogênese, na reprodução e no corpo lúteo canino. Sobre as isoformas angiogênicas do VEGFA e sua estruturação em exons e introns, nada se achou na espécie canina. Sugerimos a estrutura das isoformas caninas homologas às do ser humano para posterior validação. Adicionalmente, identificamos a expressão de fatores angiogênicos durante o diestro não gestacional na espécie canina, através da técnica de RNA-seq. Para tal, foram utilizados corpos lúteos provenientes de 18 cadelas que passaram por ovariosalpingohisterectomia (OSH) nos dias 10, 20, 30, 40, 50 e 60 após a ovulação (p.o). Os corpos lúteos coletados foram utilizados para extração de RNA total a partir do protocolo de TRIZOL e posterior análise por RNAseq, seguindo o protocolo TruSeq RNA Sample Preparation Guide, descrito por Illumina. Identificamos a expressão diferencial do VEGFA, VEGFC, VEGFD, VEGFR1, VEGFR2 e VEGFR3 nas comparações entre o período luteotrófico e regressão luteínica. Os dados demonstram maior expressão de fatores angiogênicos no dia 20 p.o, período relacionados à proliferação celular e manutenção da função do corpo lúteo canino. Palavras-chave: Cadelas. Corpo lúteo. Fatores angiogênicos. Isoformas. VEGFA.