<b>A mediação da música na construção da identidade coletiva do MST</b> <br>doi:10.5007/2175-7984.2011v10n18p351

Abstract

ResumoEste artigo trata de alguns olhares teóricos sobre movimentos sociais, com objetivo de fundamentar nossa concepção acerca do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Reflete sobre a questão da identidade coletiva como condição necessária tanto para o surgimento quanto para a manutenção de um movimento social. De forma específica, se propõe a trabalhar a música do MST como um dos elementos mediadores na constituição da identidade coletiva deste movimento. Esta discussão caminha para a possibilidade de afirmar que a experiência dos sujeitos no MST mediados pela música, pode proporcionar processos de identificação com o Movimento, com os semelhantes que estão na luta, como também, com aqueles que os diferenciam enquanto sujeitos de uma dada realidade social e política. Palavras-chave: MST, música, identidade coletiva.

Cantares da Educação do Campo: música, território e territorialidade

“…As políticas educacionais formuladas para o campo, bem como a questão da música no espaço escolar e no currículo, são temáticas que perpassam parte significativa da história da educação no Brasil, tanto da perspectiva da história do tempo passado, quanto da história do tempo presente. São temáticas relevantes e atuais, discutidas a partir de diferentes perspectivas na área da Educação, assim como noutras áreas (Barbosa, 2015, Caldart, 2012, Groff & Maheirie, 2011, Moraes, 2019, Torres et al, 2015. municipal, bem como dos ruralistas do ensinocomumente apresentados na literatura como ruralistas pedagógicos -, que defendiam uma educação específica para esse estrato da população nacional, colocando em tela o debate sobre as concepções e as condições de oferta da educação escolar para esses segmentos (Moraes, 2019, Prado, 1995.…”

“…Ao longo da história das classes trabalhadoras, em diferentes momentos e pontos do mundo, constata-se o recurso à música com variadas finalidades. Thompson (1987) No caso do MST, por exemplo, a música ocupa, historicamente, espaço privilegiado em diversas atividades, em especial durante as festividades e as místicas (Benzi, 2014, Caldart, 2001, Groff & Maheirie, 2011, Menezes Neto, 2016.…”