Low trophic niche overlap among trap-nesting bee species (Hymenoptera: Anthophila) in a semideciduous forest fragment

Abstract

Bees are important components of mutualistic interactions with plants, playing a key role as pollinators of both wild and crop plants. In this context, studies on the plants visited by bees are important to determining conservation strategies. We investigated the use of floral resources by the trap-nesting bee species sampled in a semideciduous forest fragment. Trap nests were set in the forest fragment in three different zones: forest edge, 250 m away from the edge and 500 m away from the forest edge. Pollen analysis of the residual pollen content removed from the nests of 12 bee species revealed a total of 63 pollen types from 16 botanical families. The bee community showed specialized populations with no overlap in diet. Within the community, the diet overlap was higher in closely related species, the two Tetrapedia species and the two Centris (Heterocentris ) species, than in the other sampled species. Although the studied bee community is composed of widespread bee species, our data showed a low niche overlap among them, suggesting the occurrence of food niche partitioning at our study site. The asymmetry in the period of nesting activities and floral preferences among the bee species are factors that might have contributed to the low niche overlap observed.cavity-nesting bees / diet breadth / floral oil / nectar / pollen / specialized populations

Estrutura de comunidades de abelhas e vespas que nidificam em cavidades preexistentes em áreas de Cerrado e Mata Estacional Semidecidual com especial referência ao nicho trófico das espécies de abelhas

“…Devido a esses marcadores naturais polínicos que permitiram estudos mais aprofundados do nicho trófico de abelhas solitárias, e a preocupação com a queda das abundâncias dos polinizadores eussociais, trabalhos com espécies nativas e solitárias vêm crescendo e trazendo importantes informações nessa temática (Aguiar et al, 2005;Dórea et al, 2009;Pigozzo & Viana, 2010;Aguiar et al, 2013;Carvalho et al, 2014;Landry et al, 2014;Torretta et al, 2014;Aidar et al, 2015;Diniz & Buschini, 2015;Ferreira & Absy, 2015;Giannini et al, 2015;Rabelo et al, 2016;Rocha-Filho et al, 2018).…”

“…Apesar da utilização de estudos de redes ecológicas serem conhecidas há algum tempo, somente atualmente elas estão sendo consideradas como ferramentas em estudos ecológicos envolvendo interações insetos-planta (Bascompte et al, 2006;Guimarães et al, 2007;Carvalho et al, 2013;Ferreira & Absy, 2015). Essas redes ecológicas podem ser antagonísticas levando em consideração hospedeiros e seus inimigos naturais (Araujo et al, 2018;Lima et al, 2018) ou mutualísticas e demonstrarem a relação entre abelha e seu alimento e/ou planta e visitante floral, ou até planta e seus polinizadores (Aidar et al, 2015;Rocha-Filho et al, 2018). Com as redes mutualísticas pode-se inferir ou até prever as consequências da extinção de espécies e as perturbações ambientais para a comunidade como um todo (Pascual & Dunne, 2006).…”

“…A composição das famílias de plantas utilizadas pelas abelhas, de maneira geral, já foi citada na literatura em estudos sobre nicho alimentar e a maioria aparece sendo abundante, independente da metodologia aplicada ou da área de coleta (Aguiar, 2003;Aguiar & Santos, 2007;Cortopassi-Laurino et al, 2003;Menezes et al, 2012;Santos R. et al, 2013;Carvalho et al, 2014;Aidar et al, 2015;Diniz & Buschini, 2015;Rabelo et al, 2015;Aguiar et al, 2017;Lima et al, 2017;Ferreira & Absy, 2018;Rocha-Filho et al, 2018). O que difere entre os resultados é que, dependendo da área e do método de coleta, são vistos variados tipos dentro das famílias de plantas e diferentes importâncias dessas famílias para as abelhas.…”

“…Como é conhecido na literatura (Ramalho & Silva, 2002;Gaglianone, 2003;Rêgo et al, 2006;Mendes & Rêgo, 2007;Ramos et al, 2007;Vilhena & Augusto, 2007;Vieira et al, 2008;Bezerra et al, 2009;Dórea et al, 2009;2017;Mello et al, 2013;Santos R. et al, 2013;Rabelo, et al, 2015;Aguiar et al, 2017;Lima et al, 2017;Rocha-Filho et al, 2018) (Aguiar, 2003;Aguiar & Santos, 2007;Aguiar et al, 2013) provavelmente por eles terem utilizado a metodologia de coleta em flor, que é limitado pelo que o observador consegue ver florido além da eficiência de coleta de cada coletor também influenciar no resultado. Dorado et al (2011) Tetrapedia curvitarsis e T. diversipes tiveram maior sobreposição entre seus nichos chegando a mais de 90% no cerrado.…”

“…Semelhante ao observado em diferentes trabalhos para o gênero, mesmo com áreas e metodologias diferentes, C. analis apresentou um pequeno nicho trófico, ou seja, mesmo com uma abundância maior de tipos polínicos amostrados (N=32), fêmeas desta espécie utilizaram efetivamente apenas 3 tipos polínicos (Quiroz-Garcia et al, 2001;Gaglianone, 2003;Quiroz-Garcia & ArreguinSánches, 2006;Vieira et al, 2008;Bezerra et al, 2009;Vilhena et al, 2012;Santos R. et al, 2013;Diniz & Buschini, 2015;Aguiar et al, 2017;Dorea et al, 2017;Lima et al, 2017;Rocha-Filho et al, 2018) analis no estudo de Rabelo et al (2015). Essa relação mais estreita dentro da comunidade reforça a hipótese de que um determinado serviço ecológico pode ser um mosaico de diferentes serviços interligados (Jordano, 1987 Ruim et al, 2011;Menezes et al, 2012;de LyraNeves et al, 2014;Gonçalves & Buschinni, 2017;Rocha-Filho et al, 2018). Foi possível perceber que a diversidade de plantas em fitofisionomias e períodos diferentes podem influenciar na dieta e na complementariedade da dieta das abelhas, principalmente dessas espécies que são menos exigentes (Aguiar, 2003;Aguiar & Santos, 2007;Aguiar et al, 2013).…”