O artigo aborda a pesquisa em educação enquanto experiência (auto)formativa e decolonial do saber ao articular as dimensões científica, sociocultural e intersubjetiva na produção do conhecimento educacional. Considerando as teses produzidas no âmbito do PPGE/UFSC, reflete como a adoção de determinadas perspectivas epistemológicas e metodológicas caracterizam certa colonialidade do saber ao invisibilizar diferentes racionalidades e alteridades. Assume-se os pressupostos teórico-metodológicos da hermenêutica filosófica para refletir e elaborar argumentos interpretativos relacionados às escolhas teóricas e metodológicas utilizadas na produção das teses do Programa supracitado. Constata-se que a maioria das pesquisas reproduzem lógicas predominantes do pensamento educacional, com maior incidência de correntes crítico-dialéticas, insuficientes, a nosso ver, para romper com a colonialidade do saber de perspectiva eurocêntrica e anglo-saxônica. Contudo, algumas teses mobilizam processos decoloniais do saber ao assumirem epistemes latino-americanas e problematizarem subalternizações ocorridas historicamente nos processos formativos.