“…Il s'agit dans les romans de l'auteur, mais aussi dans sa poésie ou encore dans ses chroniques de mettre en scène un Je en construction où l'écriture de soi se fait à partir des liens tissés entre l'individu et la famille ou encore entre l'individu et le tissu social et historique de la réalité qui l'entoure. Tel est le pouvoir de ce que nous appelons la littérature hypercontemporaine: annoncer des sujets de société ancrés dans le présent des auteurs, mais qui préfi gurent des problématiques de l'avenir ou de nouvelles visions du monde (Binet et Angelini, 2016).…”
Pensar a questão do laço na obra de José Luís Peixoto leva-nos imediatamente a uma refl exão sobre a filiação e a relação entre gerações. Trata-se nos romances do autor, assim como na sua poesia ou ainda nas crónicas, de colocar em cena um Eu em construção, onde a escrita de si se faz a partir dos laços tecidos entre o indivíduo e a família ou ainda entre o indivíduo e o tecido social e histórico da realidade que o rodeia. O romance de filiação é também uma resposta ao esquecimento, nomeadamente, ao risco de desaparecimento do mundo da infância – o seu Alentejo natal – ao qual o autor dá vida nos seus diferentes textos. Analisando a relação entre escrita de si e romance de filiação, é possível compreender melhor o desenvolvimento das relações entre paise filhos na obra de Peixoto, nomeadamente, a partir da questão do nome, da transmissão de conhecimentos e da memória. A importância da figurapaterna é uma das chaves para uma observação aprofundada da obra de Peixoto, dado que ela é um dos elementos desencadeadores da escrita, mastambém porque as questões da paternidade são um dos ângulos escolhidos pelo autor para analisar a existência do homem no tempo, nomeadamente,a partir do momento em que um filho se torna pai.
“…Il s'agit dans les romans de l'auteur, mais aussi dans sa poésie ou encore dans ses chroniques de mettre en scène un Je en construction où l'écriture de soi se fait à partir des liens tissés entre l'individu et la famille ou encore entre l'individu et le tissu social et historique de la réalité qui l'entoure. Tel est le pouvoir de ce que nous appelons la littérature hypercontemporaine: annoncer des sujets de société ancrés dans le présent des auteurs, mais qui préfi gurent des problématiques de l'avenir ou de nouvelles visions du monde (Binet et Angelini, 2016).…”
Pensar a questão do laço na obra de José Luís Peixoto leva-nos imediatamente a uma refl exão sobre a filiação e a relação entre gerações. Trata-se nos romances do autor, assim como na sua poesia ou ainda nas crónicas, de colocar em cena um Eu em construção, onde a escrita de si se faz a partir dos laços tecidos entre o indivíduo e a família ou ainda entre o indivíduo e o tecido social e histórico da realidade que o rodeia. O romance de filiação é também uma resposta ao esquecimento, nomeadamente, ao risco de desaparecimento do mundo da infância – o seu Alentejo natal – ao qual o autor dá vida nos seus diferentes textos. Analisando a relação entre escrita de si e romance de filiação, é possível compreender melhor o desenvolvimento das relações entre paise filhos na obra de Peixoto, nomeadamente, a partir da questão do nome, da transmissão de conhecimentos e da memória. A importância da figurapaterna é uma das chaves para uma observação aprofundada da obra de Peixoto, dado que ela é um dos elementos desencadeadores da escrita, mastambém porque as questões da paternidade são um dos ângulos escolhidos pelo autor para analisar a existência do homem no tempo, nomeadamente,a partir do momento em que um filho se torna pai.
Com base nos romances deus-dará, de Alexandra Lucas Coelho, Não se pode morar nos olhos de um gato, de Ana Margarida de Carvalho, e Biografia do Língua, de Mário Lúcio Sousa, neste artigo pretendo discutir o constante processo de apagamento da escravidão e seus efeitos no Brasil e Portugal. Apoiado em teóricos como Boaventura de Sousa Santos, Margarida Calafate Ribeiro, entre outros pensadores portugueses, procuro resgatar as vozes desses personagens silenciados pelo Estado e pela história oficial, problematizadores de um tempo e de um espaço sobrepostos aos ossos de uma geografia colonial, concebida a partir da exploração do escravo, da perpetuação da exploração do trabalhador negro e da institucionalização do racismo.
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