Lipoma do ângulo pontocerebelar: relato de caso

Abstract

RESUMO -Os lipomas do ângulo pontocerebelar são tumores muito raros. Em geral são assintomáticos, achados fortuitos em autópsia, tomografia computadorizada (TC) de crânio ou ressonância nuclear magnética do encéfalo. Os autores apresentam o caso de paciente, feminina, branca, 14 anos, há três anos com diminuição da audição à esquerda e há um ano com cefaléia, tipo hemicrânia à esquerda. A TC de crânio evidenciou lesão hipodensa, sem captação de contraste, no ângulo pontocerebelar esquerdo. A paciente foi submetida a cirurgia por via retrossigmóidea para abordagem da lesão, que se apresentou de coloração amarelada, característica de tecido adiposo. Tendo em vista o envolvimento de estruturas nervosas (VII e VIII nervos cranianos), optou-se pela exérese parcial da lesão. A paciente evoluiu com melhora da cefaléia, sem piora do déficit auditivo. Após três anos de seguimento, mantém o quadro estável. Conclui-se que os lipomas do ângulo pontocerebelar, quando assintomáticos, podem ser tratados conservadoramente. Entretanto aqueles associados a sintomatologia persistente e progressiva devem ser operados. A exérese total ou parcial vai depender do envolvimento ou não das estruturas neurovasculares adjacentes. PALAVRAS-CHAVE: lipoma, ângulo pontocerebelar, tratamento cirúrgico. Lipoma of the cerebellopontine angle: case reportABSTRACT -Lipoma of the cerebellopontine angle is a very rare tumor. We report the case of a 14-years-old female, with left side deafness during three years, associated with headache. CT scan showed an hypodense mass, without enhancement at the cerebellopontine angle. The patient was treated surgically by left retrosigmoid approach. The lesion involved the eighth and seventh cranial nerves and only a partial removal was performed. The postoperative course was uneventful. She had no more headache; the deafness of the left side remained unchanged. Asymptomatic lipoma of the cerebellopontine angle can be treated conservatively, although those with progressive symptoms should be treated surgically, with total or partial remove based on their neurovascular involvement.

Cerebellopontine angle lipomas: magnetic resonance imaging findings in two cases

“…These tumors can cause symptoms related to the VIII nerve involvement, such as hearing loss, tinnitus, vertigo and nausea. However, trigeminal symptoms such as neuralgia, paresthesia or headache, can also occur in patients with CPA lipomas extending to the trigeminal nerve 3,5,7,8 . Our patients presented with headache, vertigo and sensorineural hearing loss.…”

“…The high-density structures seen inside the lesion on CT scan, which are hypointense on T1-weighted MR imaging, most likely represent cranial nerves. The differential diagnosis of CPA lipomas should include vestibular schwannoma and meningiomas, as well as other fatty tumors, such as epidermoids and dermoids cysts 5,8,11,13 . In our cases the CT scan showed a CPA hypodense lesion.…”

“…These tumors are indolent, but infiltrate along cranial nerves, making complete removal difficult due to the high risk of postoperative cranial nerves deficit. Subtotal resection of CPA lipomas is only indicated in patients with brain stem compression or significant cranial nerve deficit, such as intractable headache, trigeminal neuralgia, facial spasm, vertigo and nauseas that are resistant to clinical treatment 5,7,8,13 . Because surgical intervention in patients with CPA lipoma is usually avoided, correct imaging diagnosis is essential 3,5 .…”

“…These tumors are maldevelopmental masses that arise from abnormal differentiation of the meninx primitiva 1,4,5 . Clinically, CPA lipomas can cause slowly progressive neurological symptoms and signs affecting cranial nerves or brain stem 3,[6][7][8] . Because these lesions usually are strongly attached to the surrounding structures, any surgical attempts of complete resection can result in neural or vascular damage, reinforcing the importance of the pre-operative imaging diagnosis [1][2][3]7,9,10 .…”

Ritidoplastia em face espástica: relato de caso

“…Injetada em subcutâneo ou intramuscularmente nas regiões acometidas, tendo início de ação em torno de 3 a 5 dias, com duração média de 3 a 6 meses. Entretanto, o paciente necessita de repetidas aplicações por ano, o que pode ser economicamente inviável para casos de extenso acometimento 5,8,12 e para aqueles que apresentam diminuição na resposta terapêutica, tendo-se necessidade de optar pela complementação cirúrgica da resolução do problema.…”