2011
DOI: 10.1590/s1518-76322011000200006
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Linguajamentos e contra-hegemonias epistêmicas sobre linguagem em produções escritas indígenas

Abstract: Resumo: Este artigo, resultado de uma pesquisa qualitativa documental, discute práticas epistêmicas sobre linguagem de autoras e autores indígenas residentes no Brasil. Com base em autoras e autores indígenas e não indígenas -decolonialistas e pós-estruturalistas -confrontamos suas concepções de linguagem, considerando a construção das sociedades indígenas como o outro/objeto, que está presente na produção hegemônica de saber sobre linguagem. Consideramos o processo de silenciamento a que as etnias indígenas f… Show more

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“…O questionamento sobre a invisibilidade dos estudos de Comunicação no Paraguai permite albergar a hipótese de que o primeiro Estado Nacional das Américas a possuir uma língua indígena como cooficial carece, paradoxalmente, de reconhecimento no campo comunicacional. A matriz indígena e, consequentemente, tudo o que dela deriva -língua, cultura, saberes, territorialidade -deixa de ser reconhecida, ou seja, seu legado é tomado como despojado de ciência, de civilidade, de humanidade (OLIVEIRA; PINTO, 2011). A inserção subalterna no Paraguai do contexto latino-americano franqueia estigmas e atitudes que, de alguma maneira, fortalecem a perspectiva crítica de Quijano (2005, p. 126): "A elaboração intelectual do processo de modernidade produziu uma perspectiva de conhecimento e um modo de produzir conhecimento que demonstram o caráter do padrão mundial de poder: colonial/moderno, capitalista e eurocentrado".…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…O questionamento sobre a invisibilidade dos estudos de Comunicação no Paraguai permite albergar a hipótese de que o primeiro Estado Nacional das Américas a possuir uma língua indígena como cooficial carece, paradoxalmente, de reconhecimento no campo comunicacional. A matriz indígena e, consequentemente, tudo o que dela deriva -língua, cultura, saberes, territorialidade -deixa de ser reconhecida, ou seja, seu legado é tomado como despojado de ciência, de civilidade, de humanidade (OLIVEIRA; PINTO, 2011). A inserção subalterna no Paraguai do contexto latino-americano franqueia estigmas e atitudes que, de alguma maneira, fortalecem a perspectiva crítica de Quijano (2005, p. 126): "A elaboração intelectual do processo de modernidade produziu uma perspectiva de conhecimento e um modo de produzir conhecimento que demonstram o caráter do padrão mundial de poder: colonial/moderno, capitalista e eurocentrado".…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…Portanto, as produções encontradas apresentam concepções de linguagem que são comuns a vários grupos minoritarizados e contra-hegemônicos (OLIVEIRA & PINTO, 2011;PINTO & BADAN, 2012), no caso a ideia da linguagem como resistência. Porém, há nuances que são específicas para o grupo de mulheres negras.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…Essa mesma razão imperial/colonial está presente em muitas das afi rmações que fazemos na área da Linguagem e que acabam por subjulgar os sujeitos e suas línguas porque temos difi culdade em assumir o caráter político tanto da Ciência como da Linguística. Se a língua e o discurso são frutos das interações verbais dos sujeitos, então é possível afi rmar que 1) a língua é uma invenção/criação fruto de práticas discursivas (Rajagopalan, 1998;Pinto, 2011) e 2) os traços semânticos negativos que atribuímos a certas identidades (negra, indígena, por exemplo) são fruto dessa invenção linguística.…”
Section: Kassandra Munizunclassified