2016
DOI: 10.1590/0102-445063437589564459
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Ainda sobre a possibilidade de uma linguística "crítica": performatividade, política e identificação racial no Brasil

Abstract: RESUMO Escrever a partir da contribuição do pensamento de Austin e Rajagopalan para a área da linguagem, ou especificamente ao campo da Linguística Crítica, também é escrever sobre como, principalmente o conceito de performatividade desloca o conceito de verdade tão apreciado pela Ciência e promove a possibilidade de se pensar uma relação entre linguagem e identidades não pautada em noções fixas e estanques. Trazer isso ao campo das relações raciais no Brasil é fundamental, pois a auto e hetero identificação l… Show more

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“…Que projeto tão radical de extinção e genocídio foi este que apagou esta possibilidade? (MUNIZ, 2016, p. 782) Por fim, pensando nos apontamentos de Muniz (2016), cabe discutir agora como as ideologias linguísticas têm se interseccionado com marcas de diferença. Aqui darei destaque para a forma como tais ideologias têm sido usadas para justificar e manter hierarquias raciais em nossa sociedade, mantendo determinados grupos e suas práticas como hegemônicos e subalternizando tantos outros grupos e desconsiderando suas diversidades.…”
Section: Ideologias Linguísticasunclassified
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“…Que projeto tão radical de extinção e genocídio foi este que apagou esta possibilidade? (MUNIZ, 2016, p. 782) Por fim, pensando nos apontamentos de Muniz (2016), cabe discutir agora como as ideologias linguísticas têm se interseccionado com marcas de diferença. Aqui darei destaque para a forma como tais ideologias têm sido usadas para justificar e manter hierarquias raciais em nossa sociedade, mantendo determinados grupos e suas práticas como hegemônicos e subalternizando tantos outros grupos e desconsiderando suas diversidades.…”
Section: Ideologias Linguísticasunclassified
“…Conforme a reflexão de Muniz (2016) no trecho acima, podemos notar que ideologias de padronização e purismo linguístico têm sido usadas constantemente para apagar as "existências linguísticas" de muitos corpos, pois essas ideologias se propagam por várias esferas sociais, produzindo consequências como a estrangeirização de determinados grupos, que inclusive são considerados na produção do conhecimento científico mainstream apenas como objetos de pesquisa, tendo suas próprias reflexões sobre a língua desvalorizadas, uma vez que são vistos como incapazes de produzir conhecimento. Essa discussão será ampliada na próxima seção, na qual será discutido o movimento contra-hegemônico na produção do conhecimento.…”
Section: Língua E Raça: a Raciolinguística E Suas Relações Com O Racismo Brasileirounclassified
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“…Essas tarefas estão relacionadas a um compromisso de se refletir em sala de aula sobre as colonialidades introjetadas no discurso e a forma de ver o Outro (Muniz, 2016), de se questionar sobre quem é esse Outro, de por que ele é o Outro, se, de fato, ele é o Outro, sob o ponto de vista de que outro(s). Considerando que a língua, "constituída na história humana, constitui os sujeitos, é marca de Conceição e Neves -Interseccionalidade e educação antirracista no ensino de português e literatura: considerações para uma proposta de material didático identidade, condição de pensamento, forma fundamental de relacionamento e de intervenção no mundo" (Britto, 2007, p. 24), o ensino de língua(s) e literatura assume um papel crucial no processo de ensinar/aprender sobre textos literários e sobre as línguas e os discursos que circulam sobre elas, com elas e a partir delas.…”
Section: O Ensino De Relações éTnico-raciais Articuladas a Gênero Em unclassified
“…exemplos potentes dessas fricções acontecem no campo dos transfeminismos (ver BAGAGLI, 2016; FAVERO, 2020; VERGUEIRO, neste volume) e das perspectivas não-essencialistas sobre questões raciais(ver MELO;MOITA-LOPES, 2014;MUNIZ, 2016; SILVA, 2020b).…”
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