2015
DOI: 10.20396/rua.v21i2.8642454
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Linguagem e educação social: a relação sujeito, indivíduo e pessoa

Abstract: Resumo: Distinguindo as noções de sujeito, indivíduo e pessoa, procuramos mostrar como a relação estabelecida pela escola, na busca do que se tem chamado ensino e transmissão do conhecimento, afeta o sujeito no imaginário social em que ele ocupa uma posição. O que resulta desse processo de sua formação como pessoa, em uma sociedade marcada pela divisão, pela diversidade: a repetição ou outras posições que vão materializar outros lugares na formação social? Assim interrogamos o que pode ser considerado como ace… Show more

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“…(T-5) Parágrafo Único -Para efeito desta Lei entende-se por "linguagem neutra", toda e qualquer forma de modificação do uso da norma culta da Língua Portuguesa e seu conjunto de padrões linguísticos, sejam escritos ou falados com a intenção de anular as diferenças de pronomes de tratamento masculinos e femininos baseando-se em infinitas possibilidades de gêneros não existentes, mesmo que venha a receber outra denominação por quem a aplica. (BRASIL, 2020c) A formulação "conjunto de padrões linguísticos" parece estear um ponto de não retorno: há de se usar a língua desde que os tais padrões não sejam abandonados de maneira a "anular as diferenças de pronomes de tratamento masculinos e femininos" (como se houvesse equidade entre esses dois gêneros em nossa formação social 11 ) e, por conseguinte, não revogar a divisão binária que está na base do processo de individuação do sujeito pelo Estado (ORLANDI, 2015). Contudo, como Pêcheux (2011, p. 125) nos lembra: "falar é totalmente diferente do que produzir um exemplo de gramática".…”
Section: A Língua Que Meu Pai Desperdiçou: Projetos De Lei Que Proíbe...unclassified
“…(T-5) Parágrafo Único -Para efeito desta Lei entende-se por "linguagem neutra", toda e qualquer forma de modificação do uso da norma culta da Língua Portuguesa e seu conjunto de padrões linguísticos, sejam escritos ou falados com a intenção de anular as diferenças de pronomes de tratamento masculinos e femininos baseando-se em infinitas possibilidades de gêneros não existentes, mesmo que venha a receber outra denominação por quem a aplica. (BRASIL, 2020c) A formulação "conjunto de padrões linguísticos" parece estear um ponto de não retorno: há de se usar a língua desde que os tais padrões não sejam abandonados de maneira a "anular as diferenças de pronomes de tratamento masculinos e femininos" (como se houvesse equidade entre esses dois gêneros em nossa formação social 11 ) e, por conseguinte, não revogar a divisão binária que está na base do processo de individuação do sujeito pelo Estado (ORLANDI, 2015). Contudo, como Pêcheux (2011, p. 125) nos lembra: "falar é totalmente diferente do que produzir um exemplo de gramática".…”
Section: A Língua Que Meu Pai Desperdiçou: Projetos De Lei Que Proíbe...unclassified
“…O graffiti, assim como a pixação 5 no contexto do Brasil, é concebido no imaginário social como algo sujo, feio e decadente e que, em contrapartida, trata-se de escrita, ainda que de forma marginalizada (Gitahy, 1999;Conquergood, 2004;Orlandi, 2011). Nas palavras de Conquergood (2004), "de acordo com definições oficiais de letramento, a 'escrita do graffiti' 6 é o oximoro e o vandalista que 'comete graffiti' é a anátema da pessoa letrada" (p. 354).…”
Section: Street Literacy/ Transletramentos / Reexistência E Sobrevivê...unclassified
“…A ideologia, a partir desse campo de estudo, tem como materialidade específica o discurso, que, por sua vez, tem como materialidade específica a língua. Essa relação língua e ideologia compõe o observatório do Discurso, como explica Orlandi (2015Orlandi ( e também 2012 Nessa perspectiva discursiva, a materialidade é o que permite observar a relação do real com o imaginário, ou seja, a ideologia, que funciona pelo inconsciente: a materialidade específica da ideologia é o discurso e a materialidade específica do discurso é a língua, diz M. Pêcheux (1975).…”
Section: Situando a Análiseunclassified
“…Que dizeres circulam sobre a língua falada do trabalhador, que, em certas condições sócio-históricas, são excluídos do conhecimento legítimo partilhado? Qual o papel da língua na 'formação ou capacitação" (Orlandi, 2015) do trabalhador brasileiro? Essas questões são o ponto de partida de um estudo que tem como objetivo trazer à discussão as estratégias traçadas pelo Movimento Brasileiro de Alfabetização -MOBRAL, programa de Estado, criado em 1970 e que tem sido referenciado na mídia, na atualidade.…”
Section: Considerações Iniciaisunclassified