“…Isso não significa que não haja fantasias ou "fetiches" em torno do HIV, mesmo com a carga viral indetectável (Barreto, 2019), ou que o consentimento para a realização desses encontros sexuais [sem camisinha] também não seja tensionado (Barreto, 2020) e que não haja fissuras, no sentido de que as práticas podem atingir um nível de "intensidade que não era possível prever ou antecipar", sendo capaz de romper também com o "pacto empreendido com o outro e consigo mesmo" (Díaz--Benítez, 2014). Estamos, portanto, falando de uma região fronteiriça de tensão entre prazer e risco/perigo, ou, como enfatiza Gregori (2010, p. 3), de "limites da sexualidade", entendidos como uma "zona fronteiriça onde habitam norma e transgressão, consentimento e abuso, prazer e dor".…”