O desafio para compreender a dinâmica maquiladora materializada nas empresas instaladas em Pedro Juan Caballero (PJC) exigiu buscar alguns contornos teóricos capazes de explicar a nova dinâmica industrial global, bem como analisar os pressupostos da Lei da Maquila. Do ponto de vista metodológico, o referencial teórico correspondeu às abordagens conceituais oferecidas pela geografia (especialmente em sua vertente econômica e política) e pela sociologia. A pesquisa empírica alimentou-se na coleta de dados secundários e primários. As Empresas Maquiladoras instaladas neste território fronteiriço são expressão da divisão regional do trabalho com características da industrialização periférica pautadas nos recursos vantajosos de produção como mão-de-obra barata, incentivos fiscais pela Lei de Maquila, água e energia elétrica. O que poderia ser uma oportunidade para se industrializar, acaba sendo mais uma forma de sobrevivência do mecanismo local e global, organizando-se de acordo com as exigências empresariais externas.