O texto inicia uma reflexão sobre a “modernização da agricultura”, apontando a necessidade desua reavaliação na perspectiva da relação capital x trabalho, na medida em que, o movimentosocial e as ações decorrentes da reestruturação produtiva no campo, no que tange ao trabalho,não foram compreendidas adequadamente. Centra-se a atenção no processo de ocupação dasáreas de cerrado, precisamente o Sudeste Goiano, visando compreender as configurações notrabalho após a implementação da ‘modernização da agricultura’ a partir da década de 1970. Paratanto entende-se o movimento global do capital e sua territorialização, assim como o processo deexpansão e produção do valor na economia mundializada. A reflexão sobre a modernização daagricultura objetiva compreender o desenho societal do território investigado e a gestãoterritorial decorrente, a partir do referencial teórico de HARVEY (1992), SANTOS (1994),CHESNAIS (1996), ANTUNES (1999), ALVES (2000), com destaque para MOREIRA (1985) eTHOMAZ JR. (2001), pesquisadores-geógrafos que tem investigado essa problemática, qualseja, as transformações no espaço agrário, considerando o movimento ampliado do capital e asmudanças recentes no seio do próprio capitalismo e seus rebatimentos para a classetrabalhadora.