RESUMO
INTRODUÇÃOO transtorno fonológico é definido como uma alteração encontrada no sistema fonológico de um indivíduo e pode ser caracterizado por: substituições, omissões e ou distorções dos sons da fala. Essas alterações podem estar relacionadas às dificuldades com a organização das regras fonológicas da língua o que caracterizaria uma dificuldade cognitivo-lingüística, com a percepção auditiva dos sons e/ou com a produção dos mesmos (1-2) .Há que se considerar que a fonologia envolve um repertório de fonemas que servem para indicar mudanças no significado das palavras, referindo-se assim, ao componente da linguagem que governa a maneira como os sons são produzidos na fala por meio de regras. Nesta concepção, a criança tem que aprender as regras fonológicas do sistema lingüístico de sua comunidade (3) . Assim, a criança domina gradualmente a percepção auditiva e a produção dos sons da fala. É por intermédio desta percepção que a criança, em um processo ativo, organiza as representações internas a respeito da lín-gua materna para produzir os sons de determinada língua.No período em que a criança desenvolve suas habilidades perceptivas, adquire um vasto inventário de elementos fonéti-cos, perde uma variedade de processos fonológicos de simplificação e adquire um sistema fonológico de contrastes (1,4) . Um modelo de análise fonológica, muito empregado na descrição do sistema fonológico, é o dos processos fonológicos. Esses se referem à simplificação de regras fonoló-gicas que envolvem um grupo ou uma seqüência de sons da fala, e que ocorrem durante o desenvolvimento de linguagem. Assim, a criança deve eliminar os processos que não fazem parte da linguagem adulta (1,(4)(5)(6)(7) . Se uma criança apresentar estes processos fonológicos além da idade esperada, é considerada como portadora de transtorno fonológico.