A hipertensão arterial (HA) é uma condição clínica que frequentemente atinge a população brasileira, condição essa que, se não tratada, ocasiona altos riscos de doenças cardiovasculares mais graves. O tratamento envolve medidas não farmacológicas, com mudanças no estilo de vida, alimentação saudável e prática de exercícios, já o tratamento farmacológico é realizado através dos anti-hipertensivos. O captopril, pertencente a classe dos inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA), é um dos medicamentos mais dispensados e utilizados no tratamento da hipertensão arterial, podendo ser encontrado na forma de comprimidos e cápsulas duras, comercializados em farmácias magistrais, por exemplo. Objetivos: Está pesquisa tem como objetivo analisar a qualidade da produção de cápsulas do medicamento anti-hipertensivo captopril, onde serão obtidas em três farmácias de manipulação do município de São Luís – MA. Para isso, foi realizado o controle de qualidade das cápsulas manipuladas, através de testes descritos na Farmacopeia Brasileira 6ªed (2019), sendo eles: rotulagem, peso médio, desintegração. Métodos: Para a realização dos testes foi utilizado o desintegrador, que simula os movimentos peristálticos do trato gastrointestinal, visando analisar o tempo de desintegração das cápsulas durante o tempo de 45 minutos, assim como determina a Farmacopeia Brasileira 6ªed (2019). No peso médio, avaliou-se o peso de 20 cápsulas cheias de cada farmácia, e novamente pesou-se as mesmas cápsulas vazias para a obtenção do peso médio e seus limites de variação. Por sua vez, a análise de rótulo se baseou nos requisitos exigidos pela RDC 67 de outubro de 2007. Resultados: Os resultados foram dispostos em tabelas, apresentando conformidades e não conformidades referentes a cada teste realizado. Peso médio e desintegração demonstraram resultados satisfatórios, enquanto os rótulos não apresentaram conformidade com as exigências. Conclusão: Esses resultados sugerem que as amostras das farmácias analisadas não apresentam desvio de qualidade em suas manipulações de acordo com os requisitos farmacopeicos, no entanto, todas as farmácias apresentaram pelo menos uma não conformidade na análise de rótulos, falhando em seguir as especificações da RDC 67 de 2007.