“…❖❖ 292❖❖ Introdução O conceito de qualidade, atrelado ao contexto educacional, tem histórico volumoso de diferentes interpretações ao ponto de alguns autores o considerarem subjetivo. O uso do termo qualidade no campo educacional é frequente e, talvez por ser frequente, torna-se de difícil, senão, impossível definição já que todos falam em qualidade supondo que sabem do que estão falando, é um "daqueles termos que são um resultado do triunfo da ambiguidade ou cuja textura é tão aberto e maleável, que acabará por se tornar rótulos, mantras ou enteléquias metafísicas (furtados de qualquer conteúdo político ou histórico), servindo consenso amplo e fácil" (MONTANÉ;BELTRÁN;TEODORO, 2017, p. 285). A grande questão é que o entendimento de qualidade passa por um crivo subjetivo, muitas vezes diretamente relacionado à percepção de um indivíduo ou de um grupo social, neste sentido, a qualidade "não existe em si e por si, mas sim é 'atribuída' a algo que tem propriedades 'físicas'", ou seja, refere-se a um "objeto de conhecimento que tem configuração própria; pode ser descrito e/ou até mesmo mensurável" (LUCKESI, 2014, p. 21).…”