L’expérience du concept

Abstract

Ce livre ne s’intéresse – en aucune manière – à ce que Foucault a dit. Et son auteur n’essaie ni de déceler la vérité de l’œuvre, ni d’en reconstruire la systématicité secrète. Il aborde les ouvrages foucaldiens comme des objets fabriqués selon des règles, poursuivant des fins : il veut montrer ce que Foucault a fait de la philosophie, de l’histoire, de la science. En partant du fil conducteur du rapport non exclusif entre vie et concept, rapport que l’on retrouve chez Canguilhem, il s’agit ainsi de revenir aux sources de la pratique foucaldienne de pensée. Quelle forme d’expérience traduit la naissance, l’émergence et la propagation d’un nouveau concept ? Quel est le rapport entre des expériences historiques de pensée et leur conceptualisation par la science, la philosophie, la littérature ? Pourquoi, au cours de ces opérations discursives, avons-nous besoin de vérité ? En reconstruisant le geste de pensée foucaldien à travers l’exemple privilégié de l’histoire des statistiques, on tente moins de faire ouvre de commentaire que de dessiner les traits opératoires d’une machine de pensée qui pourrait nous être utile aujourd’hui, pour étudier le besoin de vérité lié aux pratiques contemporaines de gouvernement. Car la source de la fascination durable que l’ouvre foucaldienne continue d’exercer pourrait bien être précisément ceci : elle n’autorise aucune interprétation qui n’en soit pas une appropriation et une actualisation.

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“…The genealogy of Foucault is subdivided into two stages, which correspond to cycles of power and the ethical subject (Foucault, 2006(Foucault, , 2012a(Foucault, , 2012b. Thus, the Foucauldian method, in its entirety, can be understood as archeogenealogy (Paltrinieri, 2012). The Foucauldian corpus was used here as a source of systematization and identification of analytical categories, in order to make them operational.…”

“…Thus, the genealogy-of-power step maps relations that are constituted amidst discursive and non-discursive practices, and reveal power diagrams. Such diagrams are grounded on power operators, which can be identified through discursive formations, based on some constitutive criteria (Foucault, 2006) (Paltrinieri, 2012) and make it possible to identify practices of the self. Thus, the genealogy-of-the-subject step reveals subject-forms by covering the relationships of self, non-discursive and discursive practices.…”

“…Knowledge grounds any possible power; it is based on discursive arrangements produced in certain social trajectories and gains the status of truth when it is (re)signified by subjects who recognize themselves as such (Foucault, 1988a). According to Paltrinieri (2012), discourses have a relational nature that does not require the intention to exist (i.e., cogito), regardless of any creating activity; truths derive from verifications made by subjects.…”

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“…Assim, por um lado Foucault desenvolveu sua arqueologia do saber para investigar as práticas discursivas, por outro, desenvolveu genealogias em seus estudos avançados sobre o poder e sobre o sujeito -cada fase complementando à anterior (Deleuze, 1988;Denegri-Knott & Tadajewski, 2017). O método de Foucault recebeu o nome de Arqueogenealogia (Paltrinieri, 2012).…”

“…Da mesma forma, ao ampliar o escopo de suas investigações para analisar a constituição do sujeito, Foucault identificou as "práticas do self", que permitem produzir subjetividades a partir da combinação entre práticas discursivas e não discursivas (Paltrinieri, 2012). Essa etapa metodológica foi apresentada por Foucault (2012) como genealogia do sujeito, que utiliza diagramas de poder para revelar formas-sujeito baseadas em agentes morais que podem ser identificados combinando alguns critérios: o modo como os sujeitos equilibram suas vontades e moralidades observadas em o contexto em que vivem é representado por substâncias éticas; a forma como os sujeitos tentam se adaptar às diferentes condutas revela modos de sujeição; as ações que os sujeitos realizam sobre si mesmos para conhecer a própria subjetividade correspondem à elaboração de um trabalho ético; e, finalmente, as associações estabelecidas entre as verdades interiores e exteriores dos sujeitos, que refletem a sua vontade e as moralidades do seu contexto social, dizem respeito à teleologia do sujeito moral.…”