Juventudes, Coletivos e Políticas Públicas em Sergipe

Abstract

A proposta deste artigo é analisamos as políticas públicas voltadas às juventudes no estado de Sergipe e a correlação destas com a participação política juvenil a partir de suas formas de auto-organização através de coletivos. Partimos da revisão bibliográfica acerca do tema Juventudes, destacamos a ascensão e caracterização das Políticas Públicas destinadas a esse segmento social, propondo uma discussão sobre o estado da arte dos estudos sobre juventudes no Brasil e particularmente em Sergipe. Tal bibliografia comporta questões como o que é juventude, como esta é entendida enquanto categoria social, qual sua relação com a elaboração de políticas públicas e como essas duas temáticas se interseccionam. Em um outro momento, apresentamos e analisamos alguns dados sobre as políticas de governo do estado de Sergipe e dos munícipios, bem como sobre as formas de atuação política das juventudes através dos coletivos, intensamente implicados por práticas de interesse comum associados ao lazer, a criatividade e a cultura.

Corpo, Gênero E Agência

“…Diversos estudos das Ciências Sociais (Santos, 2017;Galvão, 2021;Brasil, 2015) 14 "Rabeirar", como dito no vocabulário do surfe, significa entrar à frente de alguém em uma onda, gerando riscos para quem estiver próximo. É uma prática comum em contextos de localismo -a imposição de uma identidade territorial (Lima, 2011) de surfistas locais sobre não-locais, e também em contextos de machismo.…”

“…Nesse sentido, a discussão em torno da importância dos coletivos femininos no surfe e no skate também pode dialogar com a necessidade de políticas públicas aplicadas a esse contexto. Considerando que os coletivos em diversos momentos podem atuar como espaços de mobilização de pautas levantadas pela sociedade civil (Galvão, 2021), foi possível perceber que grupos passam a atuar em prol da presença feminina em ambos os esportes como forma de preencher uma lacuna construída socialmente e reforçada por uma possível ausência do Estado frente a essas questões. Dessa forma, considerando a importância de um diálogo entre pesquisa e sociedade, as reflexões propostas neste trabalho podem ajudar a trilhar novos caminhos ao pensarmos as relações entre gênero e esporte.…”