A humanidade vive um momento histórico marcado por profundas mudanças e transformações na relação sociedade/natureza. E nessa era de transformações sociais, políticas e econômicas em que se encontra o mundo, a Educação Ambiental tem sido muito focada em função da crise que a sociedade moderna encara. Essa crise se agrava na medida em que o homem aumenta seu poder de intervenção no meio natural, aumentando, consequentemente, as tensões na sua relação com a natureza. As desigualdades sociais e a degradação dos recursos naturais acrescem com o processo de globalização, consequência do modo de produção dominante, o qual induz à competitividade, ao individualismo e ao consumo, diante de um quadro em que a própria Educação Ambiental tradicional tem capitulado diante das armadilhas de um “capitalismo verde”. Para reverter este quadro, torna-se cada vez mais imprescindível a refundação de um viés crítico da Educação Ambiental, capaz de conduzir à construção de um processo de tomada de consciência acerca da necessidade de modificarmos as atitudes perante a natureza e à sociedade. Neste artigo nós propomos o uso de uma mandala da ecopedagogia como um instrumento para a reflexão e a organização das atividades de educação ambiental dentro da escola, construída com base em seis princípios, campos temáticos e eixos de ação, levando em conta o potencial transformador da educação ambiental.