Isolation and molecular characterization of a virulent systemic feline calicivirus isolated in China

Calicivirose Sistêmica: Uma Enfermidade Emergente Associada Ao Calicivírus Felino

“…Além disso, esta região possui os principais epítopos reconhecidos pelos linfócitos B do hospedeiro, sendo alvo importante para a resposta imune contra o FCV. Apesar de todas as cepas de FCV serem classificadas em um mesmo sorotipo (POVEY;INGERSOLL, 1975), o agente possui alta variabilidade genética e antigênica, o que gera uma alta diversidade de cepas e a formação de uma árvore filogenética em formato de "estrela" (cada novo isolado não se encaixa em nenhum grupo com características semelhantes), e nem mesmo cepas causadoras da enfermidade sistêmica podem ser agrupadas (GUO et al, 2018;POULET, 2016). A alta variabilidade pode contribuir ainda para a formação de cepas hipervirulentas e interferir no desenvolvimento de imunidade que confira proteção contra uma ampla variedade de cepas (RADFORD et al, 2007).…”

“…O FCV tem distribuição mundial, e a forma sistêmica da enfermidade já foi descrita tanto em felinos domésticos quanto selvagens (HARRISON et al, 2007). O primeiro relato de VS-FCV surgiu em 2000, no estado da Califórnia, USA (PEDERSEN et al, 2000), seguido de relatos subsequentes no mesmo país (ABD-ELDAIM et al, 2005;HURLEY et al, 2004;SCHORR-EVANS et al, 2003), e com posteriores descrições na Europa (BATTILANI et al, 2013;CARINGELLA et al, 2019;COYNE et al, 2006a;DESCHAMPS et al, 2015;MEYER et al, 2011;REYNOLDS et al, 2009;WILLI et al, 2016) e na Ásia (GUO et al, 2018). No Brasil, não existem relatos descritos de VS-FCV, embora infecções pelo FCV tenham sido demonstradas em animais domésticos e selvagens, tanto em estudos sorológicos quanto por técnicas moleculares (CASTRO et al, 2015;FILONI et al, 2006;FILONI et al, 2012;FURTADO et al, 2017;HENZEL et al, 2012;HENZEL et al, 2013;JOHANN et al, 2009;LARA et al, 2017;PEREIRA et al, 2018;BATISTA et al, 2005).…”

“…No isolamento viral, o efeito citopático observado na linhagem de rim felino (Crandell Rees feline kidney -CRFK) é caracterizado por arredondamento e agregação celular, cariopicnose e eventual desprendimento da monocamada de células (GUO et al, 2018;RADFORD et al, 2007). Entretanto, pelo seu rápido crescimento e destruição dos cultivos celulares e pela similaridade de efeito com outros vírus, técnicas adicionais devem ser realizadas para a confirmação (RADFORD et al, 2009).…”

“…Nos últimos anos, uma forma mais grave da doença vem sendo descrita em diferentes países da América do Norte (ABD-ELDAIM et al, 2005;HURLEY et al, 2004;PEDERSEN et al, 2000;SCHORR-EVANS et al, 2003), Europa (BATTILANI et al, 2013;CARINGELLA et al, 2019;COYNE et al, 2006a;DESCHAMPS et al, 2015;MEYER et al, 2011;REYNOLDS et al, 2009;WILLI et al, 2016) e Ásia (GUO et al, 2018). Nestes relatos, houve o isolamento de cepas de FCV altamente virulentas, as quais foram denominadas de calicivírus virulento associados à doença sistêmica (Virulent Systemic Feline Calicivírus, VS-FCV).…”

Nitazoxanide protects cats from feline calicivirus infection and acts synergistically with mizoribine in vitro

“…FCV vaccines have been commercially available for 30 years but FCV remains highly prevalent among cats, and none of the vaccines currently on sale can protect cats from all strains of FCV (Sato et al, 2017). In the past decade, severe systemic diseases caused by VS-FCV have been reported in many countries (Caringella et al, 2019;Guo et al, 2018;Radford and Gaskell, 2011;Schulz et al, 2011). One reason for the incomplete protection afforded by vaccines may be that the broad spectrum of genetic and antigenic variability of FCV results in different strains with little cross-reactivity (Bergmann et al, 2019).…”