Investigation of Antioxidant Activity, Acute Toxicity and Anticholinesterasic Potential of Lippia hirta (Verbenaceae)

Abstract

Investigação da Atividade Antioxidante, Toxidade Aguda e do Potencial Anticolinesterásico de Lippia hirta (Verbenaceae) Resumo: O gênero Lippia, o segundo maior da família Verbenaceae, possui aproximadamente 200 espécies, das quais aproximadamente 120 espécies encontram-se no Brasil. Uma vez que a espécie Lippia hirta não tem sido documentada na literatura, o objetivo deste trabalho foi analisar a atividade antioxidante, a toxicidade aguda e a atividade de inibição da acetilcolinesterase (AChE) por parte do óleo essencial, extrato bruto e frações provenientes desta espécie vegetal. Com relação à atividade antioxidante, avaliada pelo poder redutor, foi possível observar um excelente comportamento antioxidante, especialmente para o óleo essencial (IC50= 6,26 µg.mL-1), e frações butanólica (BuOH, IC50= 7,26 µg.mL-1) e acetato de etila (EtOAc, IC50= 8,09 µg.mL-1), superiores ao padrão quercetina (IC50= 9,43 µg.mL-1) utilizado neste ensaio. Observou-se uma baixa toxicidade para todas as amostras e grande potencial inibitório para a AChE, pela maioria das frações e especialmente para a fração rica em alcaloides (FRA), que foi capaz de inibir a enzima em até 100 % em uma concentração de 0,5 μg.mL-1 , o que representa uma atividade de elevada potência. Ainda que a FRA seja uma matriz complexa, o efeito sinérgico é elevado quando comparado ao padrão utilizado no teste, Reminyl-contendo galantamina (IC50=17,8 μmol.L-1). Estes resultados incentivaram o fracionamento cromatográfico de FRA que permitiu a caracterização de três alcaloides, até então não relatados na espécie, dihidrocorinanteol, vincamina and dexoxicordifolina. A baixa toxicidade, a boa atividade antioxidante e o excelente resultado para a inibição da AChE incentivam outras análises para determinação dos compostos ativos nas demais frações, sugerindo o fracionamento bioguiado como uma ferramenta de suma importância na análise fitoquímica e biológica de Lippia hirta.

Plantas brasileiras com ação anticolinesterásica – uma revisão

“…Trabalho desenvolvido por Santos et al (2012), revelou que o extrato aquoso das folhas de Mulungu (Erythrina velutina -Fabaceae) contém ação inibitória contra AChE no cérebros de camundongos nos teste in vitro com CI50 = 0,57 mg.mL -1 com inibição máxima (Emáx) de 89,0 ± 1,5%, no testes ex vivo para a dose de 400 mg.kg -1 o extrato apresentou inibição de 32,2 ± 3,9% contra a colinesterase cortical. Oliveira et al (2019) em sua pesquisa com o extrato etanólico das folhas de Lippia hirta (Verbenaceae) obtiveram uma inibição contra a AChE de 65% para a concentração de 0,1 mg.mL -1 com CI50 = 43,2 µg.mL -1 . Guerra et al (2021), no estudo da inibição da AChE com 4 diferentes óleos essenciais do Marmeleiro-Preto (Croton blanchetianus -Euphorbiaceae), revelou bons resultados em comparação com ao padrão fisostigmina (CI50 = 1,15 ± 0,05 µg.mL -1 ), porém com diferenças significativas entre eles: óleo essencial 1 (CI50 = 10,31 ± 0,03 µg.mL -1 ), óleo essencial 2 (CI50 = 15,53 ± 0,03 µg.mL -1 ), óleo essencial 3 (CI50 = 6,59 ± 0,19 µg.mL -1 ), óleo essencial 4 (CI50 = 11,98 ± 0,53 µg.mL -1 ).…”