Inventário Da Entomofauna De Ecossistemas Da Área De Proteção Ambiental Do Araripe Com Bandejas D’água Amarelas

Abstract

Com o objetivo de realizar um inventário da entomofauna dos ecossistemas da Área de Proteção Ambiental da Chapada do Araripe, localizada na região do Cariri cearense, (Arajara Park, Área Agrícola, Mata Úmida e Fragmento de Floresta), foi realizado um estudo utilizando bandejas d’água de cor amarela, visando a caracterização das famílias capturadas, no período de 03 de setembro de 2010 a fevereiro de 2011 (estação seca) e 22 de março de 2011 a agosto de 2011 (estação chuvosa). A estação seca da Área de Proteção Ambiental da Chapada do Araripe favorece a maior ocorrência de famílias abundantes que a estação chuvosa devido à alteração da disponibilidade de condições e recursos, propiciando a coexistência de espécies generalistas. A ordem Coleoptera é a mais rica em famílias nas duas estações do ano tendo como papel ecológico os Crysomelidae como fitófagas e Nitidulidae como decompositoras de frutas. Os Diptera são numerosos na estação chuvosa atuando no sistema ecológico as moscas frugívoras (Drosophilidae), decompositoras de carcaças de animais (Muscidae) e predadoras (Dolychopodidae), enquanto que os Tipulidae e Chloropidae predominam na estação seca da mata úmida. Os Hemiptera da família Cicadellidae (cigarrinhas) ocorrem abundantemente na área agrícola e no fragmento de floresta por serem ecossistemas antropizados para a implantação de culturas agrícolas e pastagens. Na estação seca os Hymenoptera da família Formicidae (formigas) predominam e ocorrem em maior abundância em todos os ecossistemas por serem cosmopolitas e bem adaptados, além de apresentarem hábitos alimentares generalistas. A bandeja d’água amarela foi eficiente na captura de insetos edáficos, demonstrando nas avaliações das coletas uma considerável diversidade de famílias em todos os ecossistemas avaliados assim como nas estações seca e chuvosa, permitindo conhecer a entomofauna da Área de Proteção Ambiental do Araripe e fornecendo uma base de informações consolidada para estudos futuros.

First report of colored pan traps to capture Drosophilidae (Diptera)

“…In addition, the color of the traps influenced the efficiency of capturing Drosophilidae, as it is possible to observe by the higher species-richness and absolute abundance in the blue and yellow pan traps. Different results were obtained from other groups of insects, where only the yellow pan trap was identified as better for capturing individuals (Leong and Thorp, 1999;Ramírez-Freire et al, 2014;Azevedo et al, 2015). However, blue pan traps can also catch different species or, as in our study, more individuals of D. lutzii.…”

“…But the values are also high in the forest area, revealing the importance of micro-habitats and their influence on communities' structuring. The different efficiency profile of the trap in the open Canola crops suggests that these changes can be attributed to the floral biology of the extant plants in the sampled environment, as well as the higher incidence of light on the trap, that could attract more individuals (Campbell and Hanula, 2007;Gollan et al, 2011;Vrdoljak and Samways, 2012;Azevedo et al, 2015).…”

Diet and Habitat Use of Proceratophrys ararype (Anura: Odontophrynidae), an Endemic Frog from the Chapada do Araripe, Northeastern Brazil

“…According to the Op-timal Foraging Theory proposed by MacArthur and Pianka (1966), the consumption of mobile prey with relatively large body mass is advantageous, especially because they are more easily found in the habitat (Boquimpani-Freitas et al, 2002). This was the case of the categories found in the diet of P. ararype, which are the most common types of prey in the Chapada do Araripe (Azevedo et al, 2015;Amorim, 2018).…”

Uso de bandejas coloridas para amostragem de Odonata (insecta)

“…Foram utilizadas 16 bandejas com 7 cm de altura e 20 cm de diâmetro, nas cores branca, azul, amarela e vermelha, num total de quatro bandejas de cada cor (Figura 1), dispostas no campo, com uma distância de um metro entre elas e colocadas próximos em torno meio metro da água. Cada armadilha foi preenchida em 2/3 de sua capacidade com água e adicionando 10 gotas de detergente neutro para quebrar a tensão superficial da água e permitir que os P a g e | 13 Nature and Conservation v.12 -n.3  Set a Nov 2019 espécimes capturados afundasse, como proposto por Azevedo et al (2015). O líquido de cada armadilha foi coado com o auxílio de peneira e os espécimes coletados foram transferidos para potes de plástico, devidamente identificados com as cores das bandejas e locais de coletas de cada armadilha.…”