INTRODUÇÃO: O aborto espontâneo pode acarretar impactos psicossociais prolongados para a mulher. A presença de uma rede de apoio, inclusive no ambiente de trabalho, é essencial para o luto saudável, uma vez que o retorno às atividades laborais após o aborto é um evento significativo. OBJETIVO: Compreender a experiência de retorno ao trabalho de mulheres que tiveram aborto espontâneo. MÉTODO: Realizou-se uma pesquisa de natureza qualitativa, com 3 mulheres, maiores de 18 anos, residentes no Litoral Norte de Estado da região Sul do Brasil, que se encontravam regularmente empregadas durante e após a gestação e que tiveram aborto espontâneo nos últimos 2 anos. Como instrumento para a coleta de dados, foi utilizada a entrevista semiestruturada e os dados coletados foram analisados pela análise de conteúdo. RESULTADOS: Os resultados demonstraram que o contexto laboral carece de preparo para receber a mulher enlutada, seja enquanto recursos organizacionais como pessoais. CONCLUSÃO: Destaca-se a importância da implementação, nas organizações, de ações que promovam o acolhimento da mulher após o aborto espontâneo.