Intercosmologias: Humanos E Outros Mais Que Humanos No Nordeste Indígena

Abstract

Um conjunto amplo de trabalhos que intersectam os campos da etnologia indígena e das relações humano-animal têm produzido importantes debates antropologia contemporânea. No Brasil, sobremaneira, o debate se concentra sobre material empírico amazônico com o qual se tensiona ontologia e epistemologia com o questionamento dos limites do humano em relação a outros seres e modo como se organizam em mundos. Neste trabalho, iniciamos uma reflexão a partir de pesquisa sobre o Nordeste indígena e de como aspectos destacados de suas sócio-cosmologias - fluxos, trocas e contatos ontológicos - nos levar a pensar em uma rede de trocas complexas e multidirecionais que poderia apresentar uma “nova cartografia social” indígena onde figura, também, de modo mais ou menos consciente, uma nova cosmografia social que complexifica e expande o campo das relações entre humanos e outros mais que humanos na antropologia.

The sweet seduction of Atahualpa’s gold: betrayals and disagreement concerning the voracity of the lagoons in Cajamarca, Peru

“…In order to understand the charms of the Mamacocha lagoon, one of the lagoons in the Conga region that Oswaldo was referring to, it is worth considering the enchanted ones as more-than-human entities, as highlighted by Durazzo and Segata (2020), who establish a bond with people through the ability to transform, that is, to acquire physical characteristics of other beings in order to communicate with humanity on this side of the world. These beings have the ability to transit between worlds, and people only become enchanted if they consume the food or accept the gifts offered by their hosts.…”