Introdução: Os pacientes internados constituem o grupo mais suscetível a sofrerem interações medicamentosas (IM) devido à adição de novos medicamentos, prescrição de regimes terapêuticos complexos e presença de comorbidades. As IM são um problema de saúde pública por necessitarem em sua maioria de cuidados médicos, podendo causar risco de vida aos pacientes, o que eleva os custos hospitalares por conta do aumento do tempo de internação. Objetivo: Avaliar as IM potenciais em prescrições de pacientes admitidos na unidade de infectologia de um hospital universitário de Sergipe. Métodos: Foi realizado um estudo observacional exploratório, com delineamento longitudinal prospectivo, em pacientes admitidos no serviço de infectologia do hospital. Foram incluídos os pacientes com 18 anos ou mais, com 2 ou mais medicamentos prescritos e que permaneceram internados por, no mínimo, 7 dias. As reinternações foram excluídas. As IM foram identificadas pelo Drugdex System -Thomson Micromedex® -Interactions. Resultados: Dos 131 pacientes internados na enfermaria de infectologia, 78% apresentaram IM. Destas, 43,7% foram consideradas de gravidade moderada e 50,8% com documentação boa. Os pacientes foram analisados em três momentos, no 1º dia (D1), no 7º dia (D7) e no 15º dia (D15), e percebeu-se uma tendência temporal de aumento da utilização de medicamentos na amostra total de pacientes (D1: 6,3; D7: 8,1 e D15: 8,7), bem como do aumento proporcional das IM (D1: 2,1; D7: 3,2 e D15: 3,9). Conclusão: O conhecimento do perfil da unidade de infectologia vai permitir aos provedores de saúde a escolha de esquemas terapêuticos, vias de administrações e cuidados com os pacientes mais seguros, proporcionado um atendimento de qualidade com prevenção de danos.