Interação no discurso de sala de aula: Projeto NURC

Abstract

Atua lmente , tem havido grande interesse em pesquisar questões relativas ao ens ino/ aprendizagem. Ainda que não se trate de uma pesquisa que vise a aspectos, propriamente, pedagógicos, nosso trabalho tem por objetivo estudar a interação entre professor e aluno(s) no discurso de sala de aula.Foi nossa preocupação penetrar na intimidade do que acontece dentro das quatro paredes de uma sala de aula, enquanto o professor interage com seus alunos. objetivando levar adiante o processo ensino/ aprendizagem. Dessa fonna, delim itamos 1rês aspectos dessa interação:• conversaçao ;• preservaçao das faces;• polifonia .Ao tratarmos do primeiro -conversação -. analisamos as bases interacionais da comunicação entre professor e aluno. Assim, foi nossa preocupação definir quem são os interlocutores da conversação de sala de aula : professor e aluno. Expusemos também as estratégias de gestão de turno, identificando quem é quem na sala de aula , quem controla a palavra. quem e como se distribuem os turnos, quais as conseqüências de um assa lto ao turno. Verificamos que o sistema de perguntas e respostas é muito comum na conversação entre professor e alunos para possibilitar a interação. Estabelecemos uma tipologia a que denominamos perguntas didáticas.Quando estudamos o segundo aspecto -preservação da face-foi nossa preocupação ver até que ponto esse jogo de ameaça e preservação da face interfere na interação entre professor e alunos. Foi possível estudar o importan~e papel do professor. A ele cabe distribuir os turnos, estimular os alunos a falar ou fazê-los aquietar, verificar o canal de entendimento. Dessa forma, pela própria posição que ocupa no contexto de sala de aula. o professor tem sua face ameaçada e, constantemente, ameaça a face de seus alunos. Estudamos quais os mecanismos utilizados para preservar a face ou para atenuar as ameaças.O terceiro aspecto -polifonia -trata da heterogeneidade do discurso de sala de aula. Verificamos que o discurso do professor não é monológico, embora, por vezes, assim pareça. Para levar adiante nossos objetivos, utilizamos oito inquéritos doProjeto NURC, de São Paulo e do Rio de Janeiro. do tipo EF (Eiocuções Formais). Esse corpus engloba aulas gravadas tanto do 2° quanto do 3° grau, em diversas disciplinas. PALAVRAS-CHAVE: interação; discurso de sala de aula; conversação; face; polifonia. SUMÁRIOINTRODUÇÃO 1. APRESENTAÇÃO DO MATERIAL DE PESQUISA 1.1. Síntese da história do Projeto NURC 1.1.1. Inicio 1.1.2. O NURC/SP 1.1.3. Resultados práticos 1.2. Caracterização do corpus 1.2.1.NURC/SP 1.2.2. NURC/RJ 1.2.3. Corpus utilizado 1.3. Transcrição do corpus 2. ASPECTOS METODOLÓGICOS 2.1. Etnometodologia 2.2. Análise da Conversação 3. DISCURSO DE SALA DE AULA 3.1. Linguagem e interação 3.2. Discurso de sala de aula 3.3. Interação na sala de aula 9 9 30 38 45 45 52 62 4. CONVERSAÇÃO 4 .1. Conceito de conversação 4 .2 . Conversação na sala de aula: simetria e assimetria 4 .3 . Falante e ouvinte 4 .4 . Tomada de turno 4 .4 .1. Conceito de turno 4 .4 .2 . Troca de turno na sala de aula 4.4.3 . Estra...

Os desafios enfrentados na qualidade da educação superior no entendimento do docente

“…-Enfim aprender, por meio dessa avaliação contínua, ao longo de toda a sua carreira (CHARLOT apud NÓVOA, 2009, p. 28). Silva (2002) destaca que a maior riqueza dos novos tempos é o conhecimento, portanto, é preciso aproveitar o momento da formação continuada. Essa deve ser utilizada para qualificar e atualizar a atividade docente.…”

A Gestão Da Sala De Aula: Características E Modelos Pedagógicos

“…Uma delas discorda da fusão entre interação e interatividade, pois "interação" possui três interpretações específicas: a Genérica (envolve interações físico-químicas na natureza sem ação humana), a Sistemática (uma abordagem mecânica linear) e a Dialética Interacionista (marcada por motivações e predisposições). Portanto, o termo é abrangente, não permitindo especificações ou singularidades (SILVA, 2002).…”

Tecnologías de Información y Comunicación como Innovación en el Proceso de la Formación y Acción Docente

“…Os estudos de Belloni (2006), Silva (2000) e Moran (2009) mostram que o desenvolvimento das propostas pedagógicas para EAD, têm se destacado na direção das teorias da autonomia e autogestão pedagógica do aluno; da tecnologização quando são enfatizadas as caracteristiscas tecnológicas do processo de ensino e as interativas e comunicativas que destacam as relações pedagógicas.…”