A pesquisa investiga os projetos de Estado fascistas a partir do corporativismo na América Latina, na década de 1930. Tem-se como campo analítico os partidos fascistas de maior sucesso eleitoral e político: no Brasil, a Ação Integralista Brasileira (AIB), e no Peru, a Unión Revolucionaria (UR). Apesar da não institucionalização dos movimentos enquanto regimes e de suas configurações autóctones e particulares, tais organizações são analisadas por meio da circulação de ideias fascistizantes através da imprensa. O artigo propõe examinar aproximações e distanciamentos das propostas corporativistas em um viés transnacional. Conclui-se, que, ainda que houvesse a partilha de referenciais teóricos, cada movimento dialogava com seu contexto específico, incorporando aspectos de sua realidade sociopolítica.