A produção do fracasso escolar: histórias de submissão e rebeldia

Abstract

Lançado em 1990, o livro Produção do Fracasso Escolar: Histórias de Submissão e Rebeldia busca “contribuir para a compreensão do fracasso escolar enquanto processo psicossocial complexo”. Para tanto, tece uma revisão crítica da literatura na área e apresenta uma longa pesquisa de campo realizada no chão de uma escola pública de um bairro pobre na cidade de São Paulo. Em sua análise da vida escolar, a autora alcança, de forma original, um olhar não apenas para os movimentos de submissão, mas também de rebeldia ao que está posto. Em 2015, foi lançada uma edição revista e ampliada, marcando 25 anos desde a publicação original.

As Contribuições da THC para Avançar as Concepções Biológicas e Psicologizantes nas Queixas Escolares

“…Estes dados constatados demonstram que mesmo com as críticas feitas por autores da psicologia, como Patto (1990), Collares e Moyses (1996;1997, às concepções biologizantes e a-históricas sobre o processo de aprendizagem e desenvolvimento humano, ainda são hegemônicas no campo educacional e influenciam a forma dos professores entenderem os estudantes, tendo como consequência a intensificação nos processos de patologização e medicalização da e na educação, como ressalta Meira (2019) e Tuleski e Franco (2019).…”

A escola como fábrica de índices e as “novas” formas de exclusão: os “inclassificáveis”

“…Alguns deles revelam a deterioração das condições de vida e do poder aquisitivo dos professores de ensino fundamental da rede pública. Esse dado não é recente na história da educação brasileira, inclusive Patto (1999), há mais de três décadas, destaca esse aspecto fundamental da realidade das escolas públicas brasileiras e assinala que o descaso com o professor faz parte do cenário da história da educação no Brasil.…”

Psicologia Escolar: Interlocução Entre as Referências Técnicas E Publicações De Práticas

“…Teorias de desenvolvimento infantil e da adolescência constituíram bases para essa psicologia, que naquela ocasião não considerava aspectos sociais, culturais e históricos (Oliveira-Menegotto & Fontoura, 2015). Para Patto (2002), as práticas escolares de psicólogas(os) precisam se encaminhar para contribuir com a reflexão, no lugar do tecnicismo da aplicação de testes e da falta de criticidade.…”