Este artigo pretende realizar uma leitura fenomenológica e crítica sobre a Resolução nº 2 de 11 de setembro de 2001 e sobre a Resolução nº 4 de 2 de outubro de 2009, ambas instituídas pelo Conselho Nacional de Educação, ligado ao Ministério da Educação. A leitura sobre apenas dois documentos que orientam a prática pedagógica da Educação Especial se dá pelo recorte e limites deste trabalho. Na nossa compreensão, por mais progressivas e atuais que sejam estas resoluções, ao que parece, estas não deixam claras as possibilidades de geração de autonomia para que o sujeito da educação especial possa manifestar-se sobre essas mesmas políticas pelo qual é atendido. Ao que indica esses documentos, o sujeito-aluno do Atendimento Educacional Especializado – AEE – permanece como mero objeto desse processo, assujeitado por um poder decisório alheio. A base de leitura fenomenológica se dará à luz da Fenomenologia da Percepção do pensador francês Maurice Merleau-Ponty (1908-1961).
O objetivo deste artigo é apresentar a trajetória de elaboração e implantação de uma disciplina oferecida, a partir do ano de 2009, pelo Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), intitulada “A Produção do Fracasso Escolar na Obra de Maria Helena Souza Patto” e relatar as contribuições dessa disciplina e da obra da autora na formação de professores e pesquisadores que têm como objeto de estudo o “fracasso escolar” em escolas públicas capixabas e brasileiras. Com esse propósito, apresentamos o contexto do PPGE, a configuração da disciplina oferecida e como a referida obra foi sendo desvelada para o grupo de alunos (mestrandos e doutorandos), assim como os desdobramentos da disciplina no PPGE.
Tem como objetivo principal entender como sujeitos que apresentam uma síndrome rara são vistos-existenciados pelos outros seres que os rodeiam. Para tanto, caracterizamos algumas síndromes raras que se fazem presentes nas escolas de ensino comum; uma breve discussão acerca da inclusão, escolarização e práticas pedagógicas desenvolvidas com sujeitos com deficiência e transtornos globais do desenvolvimento no contexto da escola comum. Por fim são apresentadas algumas discussões acerca da fenomenologiaexistencial, que conduziu o estudo, bem como a discussão dos dados coletados numa pesquisa de campo com foco numa criança com uma síndrome rara em processo de inclusão escolar.
O objetivo deste texto é descrever compreensivamente a aprendizagem de uma garota de programa na prática do pole dance e sua relação com a pedagogia social. Trata-se de uma pesquisa fenomenológica (FORGHIERI, 2014) e etnográfica (GIL, 2010) por possibilitar um “mergulho / envolvimento” no cotidiano e subjetividade do espaço pesquisado. A produção de dados aconteceu a partir da observação participante por favorecer o contato direto com os acontecimentos objetivos e subjetivos sem excessiva intermediação. Desvelar o processo de ensino e aprendizagem do pole dance significa adentrar ao mundo da prostituta, uma profissional aberta às diferenças variadas de clientela, marcadas não apenas pela violência, mas pela solidariedade, amizade – entre elas. Ao mesmo tempo, a dança a faz corpo de dançarina e atriz, profissões não marginalizadas pela contemporaneidade, pontuando possibilidades ou mesmo de resistir contra a hegemonia que, em muitos momentos, as inferioriza.Palavras-chave: Pedagogia social. Aprendizagem. Resistência.
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