O presente artigo, elaborado a partir dos resultados parciais de uma pesquisa qualitativa sobre em andamento sobre a morfologia urbana angolana, apresenta uma análise sobre a formação urbanística do país e os seus efeitos na atividade econômica das cidades locais. A partir de observações de campo, que tiveram como suporte teórico os estudos desenvolvidos sobre a temática angolana no âmbito das cidades lusófonas, identificou-se que a forma urbana angolana afeta a dinâmica econômica das cidades do país, particularmente, a cidade de Luanda, pela seguinte mecânica: Ao se construir o espaço com base na autoconstrução não orientada quanto ao uso e à ocupação do solo, o meio tende a crescer desordenadamente. Isto ocorre pelo modo como as edificações se dispõem no espaço. Como resultado direto da prática de autoconstrução não orientada, está a deficiência do sistema de arruamento, que, por seu lado, dificulta a mobilidade, o endereçamento postal e a distribuição logística urbana, materialidades fundamentais à dinâmica econômica de quaisquer cidades.