2011
DOI: 10.1590/s1414-98932011000300005
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Instituições de saúde e a morte: Do interdito à comunicação

Abstract: Este artigo discute a comunicação sobre a morte em instituições de saúde, e foi baseado nos dados de uma pesquisa que teve os seguintes objetivos: verificar como é a comunicação sobre a morte em instituições de saúde e residenciais para idosos, as dificuldades que os profissionais de saúde que trabalham nessas instituições apresentam em relação à comunicação sobre a morte, analisar os filmes do projeto Falando de Morte como elementos facilitadores na comunicação sobre a morte e propor e analisar grupos de refl… Show more

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“…Eles vivem lutos cotidianos em sua prática profissional e nem sempre conseguem compartilhar seu sofrimento, pois experimentam a ambivalência entre sensibilização, aproximação e empatia e o distanciamento como defesa. Portanto, a morte traz para os membros da equipe médica a possibilidade de entrar em contato com os seus processos de morte, perdas e finitude, tornando-os sensíveis ao sofrimento das pessoas sob seus cuidados, protagonizando o papel de 'curador ferido' (Kovàcs, 2011 A certeza da morte é o que temos em comum com outros seres humanos; por isso, a morte do outro nos atinge tanto e a vivemos, como se uma parte nossa morresse (Kovàcs, 2011). Contudo, alguns entrevistados buscam uma justificativa, de cunho religioso, psicológico ou biológico, para naturalizar a morte, isto é, para aceitar que a morte é parte da vida.…”
Section: Emoções Frente à Morte E Ao Morrerunclassified
“…Eles vivem lutos cotidianos em sua prática profissional e nem sempre conseguem compartilhar seu sofrimento, pois experimentam a ambivalência entre sensibilização, aproximação e empatia e o distanciamento como defesa. Portanto, a morte traz para os membros da equipe médica a possibilidade de entrar em contato com os seus processos de morte, perdas e finitude, tornando-os sensíveis ao sofrimento das pessoas sob seus cuidados, protagonizando o papel de 'curador ferido' (Kovàcs, 2011 A certeza da morte é o que temos em comum com outros seres humanos; por isso, a morte do outro nos atinge tanto e a vivemos, como se uma parte nossa morresse (Kovàcs, 2011). Contudo, alguns entrevistados buscam uma justificativa, de cunho religioso, psicológico ou biológico, para naturalizar a morte, isto é, para aceitar que a morte é parte da vida.…”
Section: Emoções Frente à Morte E Ao Morrerunclassified
“…Foi utilizada a análise do discurso dos sujeitos com base na interpretação proposta na hermenêutica filosófica de Gadamer, para organização e compreensão dos dados que foram gravados e transcritos na íntegra. A partir de leituras sucessivas, buscou-se desvelar o sentido das falas e seu modo singular de construção de linguagem, sendo estas discutidas à luz das principais ideias formadoras da inteligência emocional de Goleman (10) e da educação emocional de Casassus …”
Section: Métodounclassified
“…Reiteram que esses funcionários gostariam de ser preparados para lidar com situações de comunicação difíceis, propondo exemplos de situações reais de como se comportar na sua função profissional, não se envolver psicologicamente, aceitar melhor a morte e obter apoio psicológico (10) . Com isso, reafirma-se a importância dos cuidados com quem lida com pessoas em situação de morte, para que não cresça mais o Fonseca deserto afetivo que se forma dentro dos hospitais, a negação a morte, o silêncio e a ilusão de onipotência.…”
Section: Introductionunclassified
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“…Schilling (2002), ao abordar a interdição da temática da morte na sociedade atual, afirma que os poucos estudos realizados se devem ao fato da morte ser considerada assunto pessoal, de modo que cada indivíduo desenvolve uma maneira singular de conceber e lidar com a finitude. Paradoxalmente, os meios de comunicação expõem cotidianamente cenas de violência e morte, promovendo a banalização destas vivências, o que resulta em um distanciamento da morte pessoal, tornando-a um evento banal, comum e impessoal (Kovács, 2011).…”
Section: Introductionunclassified