Insatisfação Com a Imagem Corporal Entre Pessoas De Meia - Idade E Idosas Praticantes De Atividade Física

Abstract

O objetivo deste estudo foi verificar a prevalência de insatisfação com a imagem corporal em dois grupos de idosas praticantes de atividade física. Participaram do estudo 12 integrantes de um grupo de ginástica para a terceira idade e 16 integrantes da UNATI de uma universidade privada. Utilizou-se um questionário que continha o Body Shape Questionnaire, a Escala de Silhuetas e perguntas sobre algumas outras características. A prevalência de insatisfação com a imagem corporal foi de 25,0%, houve significância estatística (p < 0,05) entre a insatisfação corporal com as variáveis: nível educacional, IMCs “atual” e “desejado”, uso de cigarro e silhueta atual. Além disso, a amostra apresentou, em conjunto, o desejo de reduzir o peso corporal, elevar a estatura e consequentemente reduzir o IMC. Aquelas consideradas mais magras não desejavam diminuir o peso, todavia daquelas que se consideravam “normais”, metade gostaria de modificar o corpo. Conclui-se que parece haver uma maior insatisfação corporal naquelas mais escolarizadas e o desejo de modificar a forma física pode estar associado à predominância de um modelo biomédico hegemônico que tende a estigmatizar o corpo velho e supervalorizar o corpo jovem e magro.

Percepção de imagem corporal, características socioeconômicas e estilo de vida em mulheres participantes do ELSA-Brasil na Bahia, Brasil

“…Entre os autores que estudaram a relação dessa variável com a insatisfação da imagem corporal, Carvalho et al 39 , ao analisarem imagem corporal em mulheres idosas e fatores associados, não encontraram relação com a escolaridade. Em contrapartida, Marques et al 40 demonstraram que os resultados referentes ao nível educacional marcam maior insatisfação corporal entre as mulheres mais escolarizadas. Fonseca et al 37 , por sua vez, revelaram que tanto homens quanto mulheres com menor escolaridade apresentaram maiores chances de insatisfação devido ao excesso de peso.…”

Imagem corporal, uma perspetiva lifespan: Breve revisão narrativa

“…A sociedade pode contribuir para a acentuação destes preditores e geralmente influenciam a perceção do envelhecimento de forma menos positiva e como sinónimo de falta de juventude e vitalidade (Marques et al, 2015;Viana & Santos, 2015). Estes autores revelam ainda que a pessoa idosa pode desenvolver uma avaliação negativa de si mesma e criar sentimentos de alguma vulnerabilidade.…”

“…Recentemente, um estudo de Mendes et al (2020) com pessoas idosas, revela que os esquemas da aparência influenciam a construção de uma imagem corporal positiva, em que a prática de exercício físico contribuiu significativamente para a qualidade de vida. A prática de exercício físico ajuda na aceitação e compreensão destas mudanças fisiológicas, psicológicas e sociais e, por sua vez, no desenvolvimento de uma melhor imagem corporal, facilitando a adaptação da pessoa idosa à sociedade (Marques et al, 2015). O exercício físico considera-se uma alternativa benéfica que tem vindo a mostrar a sua influência na melhoria da autoestima e imagem corporal dos indivíduos, visto que a saúde física e o exercício físico Couto, D.…”

“…Assim revela-se pertinente compreender melhor como a pessoa idosa pode adquirir a capacidade de aceitar e se adaptar às mudanças do corpo inerentes ao processo de envelhecimento (Tomas-Aragones & Marron, 2014). Marques et al (2015) defendem a necessidade de a pessoa idosa se desprender da autoimagem percebida no passado e aceitar a sua aparência atual.…”