Influências, crenças e práticas no autocuidado das puérperas

Abstract

RESUmoObjetivou-se neste estudo exploratório--descritivo conhecer as crenças, influências e práticas que permeiam o autocuidado das mulheres no puerpério. Foram informantes quinze puérperas de Rio Grande--RS. Colheram-se os dados em setembro e outubro de 2010, com entrevistas semiestruturadas, realizadas entre quinze e trinta dias pós-parto. Adotou-se a análise temática para o tratamento dos dados. Fundamentadas no cuidado/autocuidado durante o puerpério, o qual provinha da orientação familiar realizada em âmbito doméstico, delinearam-se duas categorias: uma referente a restrições, aquilo que devia ser evitado por gerar malefícios; outra envolvendo incentivos, ou seja, práticas que traziam benefícios à puérpera ou ao recém-nascido. Este estudo mostra a importância dos profissionais terem consciência a respeito da quarentena, pois é uma herança cultural que ainda perdura nos dias atuais. Concluiu-se que o saber popular é muito valorizado por essas mulheres e, embora careça de embasamento cientí-fico, não se mostrou como desencadeador de problemas ao binômio mãe-bebê. dEScRiToRESPeríodo pós-parto Autocuidado Fatores culturais Enfermagem materno-infantil Educação em saúdeThe effects, beliefs and practices of puerperal women's self-careOriginal article AbSTRAcTThe objective of this exploratory-descriptive study was to identify the beliefs, effects and practices that permeate women's selfcare during puerperium. The participants were fifteen puerperal women from Rio Grande/RS. Data collection was performed in September and October of 2010 using semi-structured interviews, performed between fifteen and thirty days postpartum. Thematic analysis was used. Two categories emerged regarding self-care during puerperium, which was performed based on the family guidance received at home. One referred to restrictions, or activities that should be avoided to prevent harm; the other involved encouragement, i.e., practices that promoted benefits to the puerperal woman or newborn. This study shows the importance of professionals being aware of the quarantine period, as it is a cultural heritage that remains in effect today. In conclusion, common knowledge is highly valued by these women, and despite the need for scientific evidence supporting such knowledge it was not a trigger for problems in either the mothers or infants in this study. dEScRiPToRSPostpartum period Self care Cultural factors Maternal-child nursing Health education RESUmEnSe objetivó en este estudio exploratoriodescriptivo conocer las creencias, influencias y prácticas que afectan el autocuidado de mujeres en el puerperio. Fueron entrevistadas 15 puérperas en Rio Grande-RS. Datos fueran recolectados en setiembre y octubre 2010, mediante entrevistas semiestructuradas efectuadas entre quince y treinta días postparto. Hemos adoptado un análisis temático para el tratamiento de datos. Se delinearon dos categorías fundamentadas en la orientación familiar sobre cuidado/autocuidado puerperal. Una, referente a restricciones, aquello que debía evitarse por generar eventos no...

Self-Care And Empowerment In Postpartum: Social Representations Of Puerperae

“…The behavior of women in the postpartum is supported in what they know, involving so care aimed at protecting them. Among these is the absolute home care for long periods, in which the woman must stay in bed for weeks, avoiding physical effort, catch weight and perform household activities [15].…”

“…In statements, the women are experienced stage as "guard", turning the concept of that moment in a figurative core that is part of their reality. This name represents the meaning that this stage has for the recent mothers, as a period in which they must protect, care for and obey certain rules and restrictions culturally learned, in order to avoid relapse, what constitutes complications arising from the undue self-care [15,11].…”

Práticas de cuidado à saúde realizadas no período puerperal por agricultoras

“…18 Um estudo 19 mostrou que a realização do repouso no período pós-parto é um meio de prevenir adoecimentos, e danos irreversíveis, como a morte, o que revela o sentimento de medo dessas mulheres.…”

<b>Práticas de autocuidado no primeiro ano pós-parto/ Self-care practices in the first year postpartum<b>

“…Nesse período, os profissionais da saúde têm oportunidade de identificar, monitorar e gerenciar situações de risco ou intercorrências, conduzindoas de maneira adequada (4) . A puérpera deve ser abordada integralmente, e o profissional de saúde deve estender o cuidado para além da avaliação física: compartilhar com ela o que representa o nascimento do filho, procurar entender o que ela pensa sobre as diversas mudanças em seu corpo e como desempenha o seu autocuidado, e lhe oferecer uma gama de conhecimentos e orientações que possam auxiliá-la na vivência do puerpério (5) . Nesse período, as mulheres precisam estar cientes das demandas de autocuidado, e da sua própria capacidade e Cienc Cuid Saude 2016 Jul/Set; 15(3): [436][437][438][439][440][441][442][443][444] autonomia para desenvolvê-lo, pois, assim, será possível determinar as próprias deficiências e a necessidade da assistência de enfermagem (3) Dorothea Elizabeth Orem (6) , entre 1959 e 2001, ao estudar o autocuidado em profundidade, desenvolveu uma teoria de enfermagem que abrange vários conceitos e pode ser aplicada nos diversos níveis assistenciais.…”