A automedicação é uma conduta praticada por boa parte da população, sendo definida como uso de medicamentos sem prescrição médica, no qual o indivíduo determina o fármaco e a dosagem que serão utilizados. Apesar de ser uma ação rotineira, pode apresentar riscos e agravos à saúde, como por exemplo mascarar sintomas de doenças, interações e intoxicações. Essa prática pode ser influenciada pelas propagandas medicamentosas, criadas pela indústria farmacêutica com o intuito de aumentar suas vendas. Neste contexto, o objetivo dessa pesquisa visou avaliar o perfil da prática de automedicação por habitantes de um município do sudoeste baiano e como o marketing influencia em seu comportamento de consumo. Foi realizada uma pesquisa de caráter transversal, de abordagem quantitativa no município de Vitória da Conquista – BA. A coleta foi realizada de forma presencial com 100 participantes durante o mês de outubro de 2022 por meio da aplicação de um questionário contendo 15 perguntas. Os resultados obtidos mostraram que 90% são adeptos a automedicação, sendo 75,5% destes devido à cefaleia. Apesar de 59,8% declararem que prescrição anterior é o principal motivo da automedicação, 42% já compraram medicamentos porque viram em propagandas e 54% acreditam que haja influência da propaganda sobre o consumo de fármacos. Com base nisso, percebeu-se que a prevalência da automedicação na amostra estudada é elevada, o que indica a necessidade de normas mais efetivas sobre marketing farmacêutico, visando a promoção do uso racional de medicamentos