“…de contas dos agentes públicos. Nessa mesma linha, Nascimento, Macedo, Siqueira e RabêloNeto (2019) recomendaram que fossem feitos estudos acerca do domínio em informática desejável dos cidadãos e ainda sobre como a liberdade de expressão, de imprensa e a transparência (voz e accountability) atuam como mediadores da relação entre a difusão da internet e a corrupção governamental.Fechando a categoria prevenção, controle e combate à corrupção, foram encontradas recomendações para a realização de pesquisas comparativas subnacionais(Reis, Almeida, & Ferreira, 2018) e transnacionais(Garcia & Teodósio, 2020;Marino, Soares, Luca, & Vasconcelos, 2016;Nascimento, 2018;Silva, Santos, & Ribeiro, 2019), focando na existência e aplicação de instrumentos de controle social e accountability.Em segundo lugar, com 23,4% de ocorrências, a categoria consequências da corrupção abarcou o aumento da pobreza das populações dos países em desenvolvimento(Lopes Júnior, Câmara, Rocha, & Brasil, 2018), a desconfiança nas instituições e nas autoridades públicas(Bonifácio, 2013;Power & Jamison, 2005), a diminuição da participação popular nos momentos e movimentos político-sociais(Bonifácio & Fuks, 2017;Bonifácio & Ribeiro, 2016), os efeitos sobre a bolsa de valores(Kimura, Kayo, Perera, & do efeito moderador dos fatores culturais e comportamentais nos níveis de corrupção.Dentro da vertente psicológica, Freitas Júnior e, após investigarem as estratégias de racionalização adotadas por pessoas envolvidas em escândalos de corrupção (negação de responsabilidade, negação de dano, negação de vítima, ponderações sociais, apelo para lealdades elevadas, negação do ato, metáfora do equilíbrio e postura cínica), sugeriram pesquisar se e como a culpa e o arrependimento se manifestam nos acusados.AAs categorias percepção e publicização da corrupção, que guardam muitas similaridades entre si, ficaram empatadas na quarta posição, com 8,9% das ocorrências cada uma. Nelas, ressaltou-se a escandalização da corrupção, sendo que os estudos futuros deveriam investigar como a democracia e os desenhos institucionais interferem na transparência orçamentária dos países, como os discursos da mídia afetam o capital reputacional e de mercado das organizações(Medeiros & Silveira, 2018), o mapeamento da corrupção eleitoral na arena pública(Moraes, Andion, & Pinho, 2017), os debates sobre a corrupção nas redes sociais(Paiva, Garcia, & Alcântara, 2017) e a imparcialidade da grande mídia(Gomes & Medeiros, 2019), dentre outras.…”