Infecções Relacionadas À Assistência À Saúde E Fatores Associados No Pós-Operatório De Transplante Hepático

Abstract

RESUMO Objetivo: identificar a incidência das infecções relacionadas à assistência à saúde e seus fatores associados, durante o primeiro mês do pós-operatório de pacientes adultos submetidos ao transplante hepático em um hospital público de Fortaleza. Método: estudo retrospectivo, descritivo com abordagem quantitativa, realizado com 53 receptores de fígado no primeiro semestre do ano de 2015. Os dados foram coletados através dos prontuários, fichas ambulatoriais e de notificação de infecções. Resultados: dos pacientes avaliados, 15 (28,3%) apresentaram infecção durante o primeiro mês, em que o mais prevalente foi a sepse clínica (n=6; 37,4%), seguida de infecção do trato respiratório (n=3; 18,8%), trato urinário (n=3;18,8%), sítio cirúrgico (n=3; 18,8%) e por último, infecção de corrente sanguínea (n=1; 6,2%). Os que apresentaram associação estatística em relação a não ocorrência de infecções foram o grupo dos pacientes casados e a indicação de cirrose por hepatite C. A média dos dias de internação no pós-operatório, o uso do imunossupressor micofenolato de mofetil e a média do uso de alguns dispositivos invasivos, foram identificados como os fatores associados à ocorrência de infecções, sendo estatisticamente significativos para p=<0,05. Conclusão: a identificação da incidência das infecções relacionadas à assistência à saúde e seus fatores associados em pacientes submetidos ao transplante hepático, poderá subsidiar o direcionamento das ações de saúde, com a finalidade de diminuir a morbimortalidade associada às infecções e otimizando a recuperação desses pacientes.

Análise microbiológicas das maçanetas da clí­nica médica de um hospital público do interior da Amazônia

“…As amostras constituíram-se de 84 maçanetas, sendo 42 das enfermarias com seus respectivos banheiros; 6 banheiros corredor; 4 do alojamento da residência médica com seu banheiro; 2 da sala de equipamento médico; 2 da farmácia satélite; 2 da copa; 4 do alojamento multiprofissional; 2 do posto de enfermagem; 4 da porta que oferece acesso a escada; 4 da porta que dar acesso ao hall do elevador; 2 da porta que dar acesso ao hall de serviço, sendo que este contém um arsenal, um Das 22 (26,2%) maçanetas que tiveram resultado positivo, as enfermarias e banheiro das enfermarias apresentaram maior positividade nas maçanetas externas com 13,6% (3) cada, já as maçanetas internas que obtiveram mais resultados positivos foi a das enfermarias e posto de enfermagem com seu respectivo banheiro, positivando 9,1% (2) cada. Além disso, as demais maçanetas internas dos banheiros das enfermarias, banheiro do corredor, porta do hall do elevador, arsenal, equipamento médico e porta do hall de serviço ambas apresentaram 4,5% de positividade, enquanto que das externas apenas o banheiro de isolamento e a porta de acesso à escada apresentaram 4,5% (Tabela 2).…”

“…De um modo geral, as IRAS estão associadas o perfil de gravidade dos pacientes, uso de imunossupressores, realização de procedimentos invasivos, período prolongado de internação, uso indiscriminado de antimicrobianos e ao próprio ambiente hospitalar, que favorece a seleção natural de microrganismos (3) .…”

Competências gerenciais do enfermeiro da comissão de controle de infecção hospitalar: uma revisão da literatura

“…Há vários ambientes nos quais as infecções podem ser encontradas, sendo o principal deles, os hospitais, e locais que promovem a assistência à saúde, e nesse contexto são nomeadas como Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). Elas são definidas como as infecções adquiridas após a admissão do paciente no ambiente hospitalar, e as manifestações podem ocorrer durante a internação, ou mesmo após a alta, e na grande maioria das vezes tem uma relação direta com procedimentos hospitalares, dentre os mais comuns, são as punções venosas, intubação orotraqueal, cirurgias de médio e alto porte com duração de mais de duas horas (VESCO et al, 2018). Foi colocado um adendo relevante acerca das IRAS, é que elas refletem um desequilíbrio entre a microbiota saudável e os diversos mecanismos de defesa, os quais são percebidos em pacientes considerados grave, ou em iminência do agravamento do seu quadro, sendo consideradas como uma das mais relevantes causas de mortalidade hospitalar, tendo como fatores influenciadores, o agente etiológico da infecção, a doença de base do paciente e também as suas comorbidades (PADOVEZE et al, 2019).…”

Protótipo de aplicativo móvel sobre conteúdo educativo para cuidados domiciliares de receptores de transplante hepático

“…Contudo, o gerenciamento e o acompanhamento do cuidado domiciliar de pacientes submetidos ao THx ainda é frágil, representando importante lacuna de conhecimento. (1,2) Cabe destacar que é no domicílio que os pacientes, juntamente com sua rede de apoio, estão diante da susceptibilidade de eventos adversos, intercorrências e complicações. Ao retornarem ao domicílio, após a alta hospitalar, estão diante da responsabilidade, do compromisso e da necessidade de aderir ao tratamento, e implementar o plano de cuidados designados a eles, mesmo diante de limitações, dúvidas e inseguranças.…”