Indicadores Bioquímicos Séricos E Do Líquido Peritoneal De Equinos Submetidos À Obstrução Intestinal

Abstract

Foram utilizados vinte e quatro equinos distribuídos em quatro grupos, controle instrumentado (GI), obstrução do duodeno (GII), do íleo (GIII) e do cólon maior (GIV). Amostras de sangue e de líquido peritoneal foram colhidas uma hora antes do procedimento cirúrgico (T0), ao final do período de três horas de obstrução (T3ob) e 1, 3, 12, 24, 120 e 168 horas após desobstrução (T1des-T168des), para determinação da atividade das enzimas aspartato aminotransferase, creatina quinase, lactato desidrogenase e fosfatase alcalina e da concentração de fósforo inorgânico e de lactato. Foram observadas alterações nas concentrações séricas e peritoneais das variáveis bioquímicas supramencionadas somente nos animais submetidos à obstrução de duodeno (GII) e de íleo (GIII). Entretanto, após três horas de obstrução só foram verificadas alterações nas concentrações peritoneais de lactato, lactato desidrogenase, fósforo inorgânico e de creatina quinase. A análise bioquímica do líquido peritoneal permitiu, quando comparada a sérica, o diagnóstico precoce de lesão entérica localizada no intestino delgado e, portanto, deve ser priorizada na avaliação pré-operatória do equino com cólica.

Predictive value of plasma and peritoneal creatine kinase in horses with strangulating intestinal lesions

“…This indicator may be a useful adjunct to clinicopathological findings to expedite surgical intervention in horses with a strangulation gastrointestinal lesion. These results are in line with those of a previous study in which the concentration of CK in the peritoneal fluid of horses increased in response to experimental obstruction.…”

“…Using an experimental model of intestinal ischemia in rabbits, Liao et al found that peritoneal CK increased after 1 hour of ischemia, justifying its evaluation as a diagnostic marker for strangulating intestinal lesions in horses. However, very few studies have focused on this marker in horses.…”

Biomarcadores sanguíneos e no líquido peritoneal de bovinos acometidos com enfermidades intestinais e reticulites traumáticas

“…Nos bovinos acometidos com enfermidades digestivas, diferentemente de outras espécies animais (8)(9)(10) , ainda são escassas as informações, qualitativas e quantitativas, referentes aos principais componentes bioquímicos mensurados simultaneamente no sangue e no LP. Grande parte dos estudos existentes sobre marcadores bioquímicos no sangue de bovinos com enfermidades digestivas é relacionada às abomasopatias (11,6,12) , reticuloperitonite traumática e pericardite traumática (13)(14)(15) , existindo ainda poucos relatos relacionados às enfermidades intestinais e às diferentes reticulites traumáticas.…”

Microbiota fecal, intestinal e translocação bacteriana em equinos com síndrome cólica cirúrgica

“…A fosfatase alcalina é uma enzima presente em todo organismo, mas se concentra no fígado, placenta, osteoblastos, leucócitos granulócitos e epitélios renal e intestinal (KANEKO; HARVEY; BRUSS, 2008). A mucosa do intestino delgado possui essa enzima em demasia, enquanto a mucosa de intestino grosso, em menor quantidade (MOSS et al, 1977), dessa forma, é considerada uma variável importante para avaliação de comprometimento intestinal em casos de abdome agudo (FILIPPO et al, 2012;VALADÃO;ÁVILA JUNIOR;CAMPOS FILHO, 1996).…”

“…A mucosa intestinal também é rica em fósforo inorgânico, sendo que a hiperfosfatemia pode ocorrer quando há dano isquêmico na parede intestinal, que por meio do sistema portahepático e linfático, pode atingir a circulação (ARDEN;STICK, 1988). Por esse motivo, também é interessante de ser avaliado, como marcador, em casos de abdome agudo (FILIPPO et al, 2012;MOSS et al, 1977;VALADÃO;ÁVILA JUNIOR;CAMPOS FILHO, 1996).…”