DOI: 10.11606/d.8.2011.tde-06072011-090553
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Imprensa e escravidão: política e tráfico negreiro no império do Brasil (Rio de Janeiro, 1822-1850)

Abstract: A presente dissertação analisa o debate público em torno do tráfico negreiro e da escravidão, ocorrido na imprensa do Rio de Janeiro entre 1822 (quando foi fundado o Império do Brasil) e 1850 (momento em que o fim do tráfico negreiro foi decretado pela Lei Eusébio de Queirós). O corpus documental, portanto, é formado por todos os periódicos políticos e por alguns panfletos publicados na cidade do Rio de Janeiro durante o período supracitado. Os documentos foram lidos sob as considerações de algumas vertentes d… Show more

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“…Nos últimos vinte anos, o campo de estudos sobre o tema desenvolveu-se a partir de análises que tomaram como mote diferentes dimensões do tráfico ilegal. Nessa perspectiva, foram analisadas as redes de relações comerciais transcontinentais no contexto de consolidação do capitalismo e de reestruturação dos negócios negreiros no Atlântico (Tavares, 1988;Ferreira, 1995;Carvalho, 2012;Albuquerque, 2016).As experiências daqueles que de perto conheceram a diáspora africana na condição de vítimas de crime, tratado como nefasto aos princípios da humanidade e da moralidade universal, desde o Congresso de Viena, em 1815, também foram objeto de amplas pesquisas (Mamigonian, 2002(Mamigonian, , 2017Rodrigues, 2005); além do processo de construção da ilegalidade e seu questionamento no parlamento, na política, e em parte da imprensa brasileira (Rodrigues, 2000;Parron, 2011;El Youssef, 2016).…”
Section: A Historiografia E Seus Combates Ao Silênciounclassified
“…Nos últimos vinte anos, o campo de estudos sobre o tema desenvolveu-se a partir de análises que tomaram como mote diferentes dimensões do tráfico ilegal. Nessa perspectiva, foram analisadas as redes de relações comerciais transcontinentais no contexto de consolidação do capitalismo e de reestruturação dos negócios negreiros no Atlântico (Tavares, 1988;Ferreira, 1995;Carvalho, 2012;Albuquerque, 2016).As experiências daqueles que de perto conheceram a diáspora africana na condição de vítimas de crime, tratado como nefasto aos princípios da humanidade e da moralidade universal, desde o Congresso de Viena, em 1815, também foram objeto de amplas pesquisas (Mamigonian, 2002(Mamigonian, , 2017Rodrigues, 2005); além do processo de construção da ilegalidade e seu questionamento no parlamento, na política, e em parte da imprensa brasileira (Rodrigues, 2000;Parron, 2011;El Youssef, 2016).…”
Section: A Historiografia E Seus Combates Ao Silênciounclassified
“…En los tres años siguientes a la aprobación de la ley de 7 de noviembre de 1831, el tráfico -ahora ilegal-fue residual, dado que el decreto fue leído por los contemporáneos como una medida que iba ser efectivamente cumplida. La práctica sistemática de la trata, equivalente a las cifras de 1820, se reanudó sólo después de 1835, en gran parte como resultado de las acciones de los terratenientes esclavistas y sus representantes políticos en el Parlamento Imperial, quienes comenzaron a exigir en los espacios de discusión pública la anulación de la ley de 1831 (Mattos, 1987;Parron, 2011;Youssef, 2010). Entre 1835 y 1850, en la medida en que fueran desembarcados en el centrosur de Brasil aproximadamente 546.000 africanos esclavizados ilegalmente, se expandían las grandes haciendas de café en el Valle.…”
Section: Introductionunclassified
“…Entre 1824 e 1825 (quando José Bonifácio publica, em Paris, onde se encontra exilado pelas complicações pósdissolução de 1823, um discurso proferido na Assembleia Constituinte sobre o tema 348 ), a última folha, o Diario Fluminense e o Atalia da Liberdade acompanham as discussões britânicas sobre o abolicionismo e se posicionam. 349 Nesse apanhado resumido, vê-se a ampla circulação da escravidão nos periódicos e nas culturas visual e letrada, sendo debatida publicamente de maneira constante. Mesmo a fricção da racialização, que gera temor da uma revolução haitiana revivida na Bahia e em outras províncias, 350 não cria tensões fortes o bastante para a interromper a discussão.…”
Section: Correio Do Rio De Janeirounclassified