Implicações da pouca preocupação e percepção familiar no sobrepeso infantil no município de Curitiba, PR, Brasil

Abstract

Resumo O presente trabalho propôs relacionar o sobrepeso infantil com a percepção familiar da silhueta da criança e a preocupação com o excesso de peso na infância. Foi realizado um estudo transversal com crianças de 20 a 48 meses de idade usuárias de Unidades de Saúde ou centros de ensino infantil de Curitiba, no período de junho a dezembro de 2014. Fez-se uso de questionário para coletar dados referentes a renda familiar, peso, altura, percepção da silhueta da criança e verificar a preocupação com o excesso de peso. O sobrepeso e a obesidade não foram percebidos corretamente pelos responsáveis (kappa =0,11) e grande parte destes não sabiam o peso e altura da crianças e nem estavam preocupados com excesso de peso. Na população estudada, as crianças de famílias de menor renda apresentaram mais chance de desenvolver sobrepeso na infância (p = 0,02). Se faz necessário investir na sensibilização das famílias, pois é de extrema importância a atenção à obesidade desde a infância prevenindo assim novos casos e evitando agravos na vida adulta.

Percepção de gestores e profissionais de saúde sobre o cuidado da obesidade infanto-juvenil no Sistema Único de Saúde

“…Contudo, opiniões divergentes apontaram a participação familiar e o interesse das crianças como aspectos facilitadores. Diversos estudos têm discutido a falta de motivação (DORNELLES; ANTON; PIZZINATO, 2014;SCHALKWIJK et al, 2016) e a dificuldade da família em reconhecer o sobrepeso e a obesidade como um problema de saúde (CAMARGO et al, 2013;ANTON, 2013;SANTOS et al, 2017). Aumentar a autonomia dos pais frente a este problema foi sugerido como um aspecto a ser melhorado.…”

“…Alguns autores atribuem a negligência da gestão à fatores como a rotatividade de secretários e gestores, baixa autonomia nas decisões executivas, qualificação técnica insuficiente para exercício da função e o atravessamento das políticas partidárias na tomada de decisão (CASANOVA, 2017;SANTOS;GIOVANELLA, 2014). Esses fatores estão diretamente relacionados ao subfinanciamento do SUS, sobretudo na atenção primária, que refletem na insuficiência de recursos, desde humanos até materiais, em estruturas físicas precárias e na oferta reduzida de serviços (BRANDÃO et al, 2020).…”

Alimentação e obesidade de crianças na fase pré-escolar: significados atribuí­dos pelos pais

“…Há uma crença cultural em que o sobrepeso não é visto como problema, já a magreza está associada a problemas de saúde, tendo isso em vista, muitos pais superalimentam seus filhos, levando ao excesso de peso, pelo medo deles se tornarem desnutridos (17) .…”

Theoretical model of nursing care for children with obesity

“…This means that a greater mobilization of those who are interested in reversing the obesity scenario in Brazil can make families understand the message and initiate a process of behavioral changes. Parents expect their children to lose weight when they perceive obesity in childhood, but the path to this end is still confusing for parents, due to the misunderstanding of what is good and healthy (21)(22) .…”