Este artigo faz uma discussão crítica sobre os desafios da formação docente num contexto de imposição de “novas” Diretrizes Curriculares para a Formação dos Professores (DCN) aprovadas pela Resolução CNE/CP nº 2/2019 (BNC/Formação) e o seu alinhamento à Base Nacional Comum Curricular (BNCC/2018), que representa risco de esvaziamento à formação discente. Objetivamos problematizar estas diretrizes impostas para as Licenciaturas que, ao revogar a Resolução CNE/CP nº 02/2015, reeditam aspectos presentes nas DCN outrora implantadas; analisar de que modo as diretrizes, pautadas na formação para as competências e habilidades, põem em risco a formação docente crítica; ressaltar o potencial do PIBID para a formação sólida, interdisciplinar, integrando teoria e prática. A pesquisa é qualitativa, mediada pelo estudo documental e bibliográfico de autores como Saviani (2007), Mazzeu (2011), Coutinho (2012), Dourado (2015), Lavoura et al. (2020). No atual contexto, as políticas e legislação para a formação docente representam uma estratégia do mudar para manter, cujo foco principal da formação é unilateral ao incutir competências e habilidades necessárias para enfrentar e contornar as adversidades pessoais/laborais do mercado de trabalho. Em contraposição, ressalta-se o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID como espaço de resistência e promoção da formação omnilateral.