Abstract:ResumoNos fóruns de negociações multilaterais da Organização Mundial de Comércio subsiste veemente debate com intuito de eliminar as subvenções agrícolas nos países desenvolvidos. Contudo, os Estados Unidos têm aumentado o volume desses subsídios, causando distorções no comércio agrícola mundial. Assim, o objetivo desta pesquisa foi avaliar os impactos desses subsídios norte-americanos (Loan Deficiency Payments), concedidos no período de 2002 a 2007, sobre o crescimento do agronegócio brasileiro. Os resultados… Show more
“…Os subsídios americanos distorcem os preços de soja no comércio internacional. De acordo com Figueiredo et al (2010), uma redução de 60% na média anual dos subsídios americanos pode provocar uma queda de 5,73% na produção e 2,82% na exportação dos Estados Unidos e elevar a produção e a exportação brasileiras em 3,80% e 3,27%, respectivamente.…”
Section: Mercado Internacional Da Soja Políticas Comerciais E Gargalosunclassified
Este estudo analisa os impactos dos custos das transações e das barreiras comerciais no mercado internacional da soja. Para atingir tal objetivo, utiliza-se um modelo de equilíbrio parcial formulado como um Problema de Complementaridade Mista (PCM) o qual permite a construção de cenários alternativos. São definidos três cenários: no primeiro eliminam-se os custos das transações comerciais; no segundo, retiram-se as barreiras tarifárias e os subsídios; e no terceiro é simulado um choque de demanda de 20%. Os resultados mostram que a eliminação dos custos das transações comerciais resulta em um aumento na produção de soja no Brasil, na Argentina e na China e um maior consumo nos Estados Unidos e na UE. No cenário de livre comércio observa-se que as mudanças em termos de produção e consumo são reduzidas, o que reflete as características das políticas adotadas pelos principais países produtores e consumidores. A simulação do choque de demanda, definido com base nas expectativas de incremento no consumo de farelo, óleo e biodiesel, mostra que o Brasil é o único país exportador que apresenta um maior incremento no consumo do que na produção, refletindo em uma menor participação no comércio mundial de soja.
“…Os subsídios americanos distorcem os preços de soja no comércio internacional. De acordo com Figueiredo et al (2010), uma redução de 60% na média anual dos subsídios americanos pode provocar uma queda de 5,73% na produção e 2,82% na exportação dos Estados Unidos e elevar a produção e a exportação brasileiras em 3,80% e 3,27%, respectivamente.…”
Section: Mercado Internacional Da Soja Políticas Comerciais E Gargalosunclassified
Este estudo analisa os impactos dos custos das transações e das barreiras comerciais no mercado internacional da soja. Para atingir tal objetivo, utiliza-se um modelo de equilíbrio parcial formulado como um Problema de Complementaridade Mista (PCM) o qual permite a construção de cenários alternativos. São definidos três cenários: no primeiro eliminam-se os custos das transações comerciais; no segundo, retiram-se as barreiras tarifárias e os subsídios; e no terceiro é simulado um choque de demanda de 20%. Os resultados mostram que a eliminação dos custos das transações comerciais resulta em um aumento na produção de soja no Brasil, na Argentina e na China e um maior consumo nos Estados Unidos e na UE. No cenário de livre comércio observa-se que as mudanças em termos de produção e consumo são reduzidas, o que reflete as características das políticas adotadas pelos principais países produtores e consumidores. A simulação do choque de demanda, definido com base nas expectativas de incremento no consumo de farelo, óleo e biodiesel, mostra que o Brasil é o único país exportador que apresenta um maior incremento no consumo do que na produção, refletindo em uma menor participação no comércio mundial de soja.
“…Os autores alertam, no entanto, que uma política de abertura comercial, como analisada no estudo, beneficia a maioria das commodities agrícolas no Brasil e no Mercosul em detrimento dos setores de manufaturados e serviços, o que eleva a vulnerabilidade de suas balanças comerciais a efeitos adversos, como choques de queda de preços e de barreiras sanitárias agrícolas às exportações. Figueiredo et al (2010) avaliaram o impacto dos subsídios norte-americanos no setor agrícola na expansão do agronegócio brasileiro. De acordo com os autores, nas rodadas de negociações multilaterais da OMC subsiste forte debate com intuito de eliminar as subvenções agrícolas nos países desenvolvidos.…”
Section: Revisão De Literaturaunclassified
“…No entanto, os Estados Unidos têm expandido o volume desses subsídios, causando distorções no comércio agrícola mundial. Figueiredo et al (2010) analisaram o impacto dos subsídios norteamericanos Loan Deficiency Payments, concedidos no período de 2002 a 2007, sobre o crescimento do agronegócio brasileiro, por meio de um modelo de equilíbrio geral computável. Os resultados mostram que a redução dos subsídios nos EUA levaria ao crescimento da produção agroindustrial brasileira e ampliaria o superavit na balança comercial desse setor, com crescimento das exportações e importações.…”
Section: Revisão De Literaturaunclassified
“…Os resultados mostram que a redução dos subsídios nos EUA levaria ao crescimento da produção agroindustrial brasileira e ampliaria o superavit na balança comercial desse setor, com crescimento das exportações e importações. Assim, cortes nesses subsídios contribuiriam para maior competitividade das exportações brasileiras e criariam oportunidades para o crescimento do agronegócio (FIGUEIREDO et al, 2010).…”
RESUMO O objetivo do artigo é simular reduções de barreiras tarifárias e não tarifárias no âmbito multilateral da Rodada Doha e verificar quais seriam os benefícios para o Brasil. Para tanto, foi estimado um modelo de equilíbrio geral computável, por meio do software GTAP, e quatro cenários foram simulados. Os resultados mostram que, para o Brasil, nos cenários em que só são incorporadas reduções de tarifas, o setor primário e de agroindústria seriam os mais beneficiados. A redução multilateral das barreiras não tarifárias (BNT) favoreceria, especialmente, os setores industriais, de maior conteúdo tecnológico. Em relação ao bem-estar, os cenários que incorporam redução de BNT ou reduções combinadas de BNT e tarifas são os mais benéficos para todas as regiões incluídas no estudo, com ganhos mundiais que podem alcançar mais de US$ 1 trilhão.
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