A evolução dos estudos relacionados à sustentabilidade das cidades proporcionou mudança de paradigma em relação ao controle da drenagem urbana. As soluções baseadas puramente no conceito higienista, de escoamento rápido das águas por meio de obras hidráulicas, foram perdendo espaço para as alternativas, que aliam medidas de caráter não estrutural às de contenção na fonte das águas de chuva, as chamadas técnicas compensatórias em drenagem urbana. Neste artigo, apresentam-se reflexões sobre o impacto do aumento de áreas impermeáveis nas cidades e sobre tipos de medidas compensatórias, possíveis de utilização para o controle da drenagem urbana. Para isso, foi realizada pesquisa bibliográfica, abordando aspectos relacionados à impermeabilização do solo, controle do escoamento superficial, medidas compensatórias para o controle da drenagem urbana e análise de aplicação de alternativas compensatórias de drenagem urbana em cidades brasileiras. Foi realizado, ainda, estudo de caso, enfocando bairros da cidade de Teresina, Piauí, com alta densidade populacional e grande nível de urbanização, em que foram estimadas as áreas impermeáveis, e seu aumento, entre os anos de 2000 e 2007, utilizando-se o software ArcGIS. Na região estudada foi constatado o crescimento de 26,11% de área impermeabilizada. Como soluções mais viáveis para o uso na drenagem urbana, foram identificadas medidas que utilizam pequenas áreas para a retenção das águas da chuva, em lotes individuais ou em áreas públicas, tais como, reservatórios de lote e pavimento permeável.