O presente artigo tem como objetivo discutir se há impacto do racismo sobre a saúde mental e a existência dos adolescentes que participam do Programa de Trabalho Protegido na Adolescência (PTPA). Além disso, busca compreender de que maneira a falta de informações relativas às políticas públicas destinadas a mitigar a problemática dos crimes cometidos contra a população negra por meio de ações afirmativas afeta na execução de tais políticas. O artigo levanta a hipótese de que ao não se reconhecerem como público-alvo das referidas políticas, esses jovens deixam de usufruí-las. Para embasar tais afirmações a pesquisa utilizou dados coletados através de formulário feito pelo Observatório de Políticas Públicas para Adolescente da UERJ e aplicado virtualmente junto aos adolescentes do PTPA de todo o Estado do Rio de Janeiro. O formulário é composto de 25 perguntas envolvendo questões de raça, gênero, religião, dinâmica do mundo do trabalho e uso de redes sociais. O propósito desse formulário é atender à demanda contínua de coleta de informações que possam qualificar e manter atualizado o banco de dados do OPPA. O levantamento obteve 600 respostas, permitindo algumas conclusões iniciais.