Objetivos: Avaliar a percepção dos profissionais de saúde em UTI no enfretamento da COVID-19 sobre a saúde mental. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, cujos descritores utilizados foram “COVID-19”, “profissionais da saúde”, “unidade de terapia intensiva” e “saúde mental”, suas combinações e variantes em inglês. As bases de dados escolhidas foram National Library of Medicine (PubMed), Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), além do Google Acadêmico como base complementar. Foram selecionados artigos completos disponibilizados online, na língua inglesa ou portuguesa, publicados entre 2020 e 2022 e que respondessem à pergunta norteadora do estudo. Resultados e Discussão: Ansiedade, irritabilidade, insônia, medo e angústia foram os sinais e sintomas mais observados durante a pandemia, estando provavelmente relacionados à carga de trabalho extremamente alta e à falta de equipamentos de proteção individual. O perfil dos profissionais com sintomas compatíveis com um possível diagnóstico de transtorno de ansiedade generalizada (TAG) são os mais jovens, com menos experiência profissional, que trabalham menos horas, que têm empregos temporários, que trabalham em rodízio e que precisam cuidar mais de 20 pacientes com COVID-19. Conclusão: a pandemia de COVID-19 trouxe repercussões negativas na saúde mental dos profissionais de saúde que trabalham na UTI. A sobrecarga de serviço, associada a fragilidade emocional ao lidar com os pacientes internados e seus familiares, fez com que os profissionais de saúde desenvolvessem (ou agravassem) problemas psicológicos e/ou psiquiátricos.