Abstract:Objetivo: avaliar a influência dos diferentes tipos de músicas em diferentes faixas etária sobre a modulação autonômica da frequência cardíaca. Métodos: foram avaliados 96 voluntários, 44 no grupo musicalizado - GM (24,6 anos - 26 homens e 18 mulheres) e 52 no grupo não musicalizado - GNM (23,9 anos - 22 homens e 30 mulheres). Quatro músicas diferentes (M1, M2, M3 e M4) foram executadas por 22 minutos precedidos por cinco minutos de intervalo. A coleta de dados foi realizada po um monitor de frequência cardía… Show more
“…Ultimamente, as pesquisas científicas descrevem sobre a relação existente entre estímulos musicais e sistema cardiovascular (Hanser, 2014). Evidências experimentais mostram que, a depender do estilo musical oferecido, as emoções evocadas terão um efeito com respostas variadas sobre a regulação da atividade cardíaca regional, FC, VFC, PA e frequência respiratória (FR) (Seiji et al, 2021;Koelsch & Jancke, 2015). Em um estudo com 27 mulheres saudáveis entre 18 e 30 anos, que comparou a resposta aguda do sistema nervoso autônomo diante dos estímulos musicais clássico e heavy metal, durante 10 minutos, relatou maior valor durante a exposição à música do tipo clássica, porém sem diferença estatística (Etzel et al, 2006).…”
Section: Discussionunclassified
“…Atualmente, existem poucos trabalhos na literatura (Seiji et al, 2021;Zanini et al, 2009;Hatem, Lira & Mattos, 2006) que comprovam os benefícios trazidos pela música na população como um todo, sendo que na população específica desse estudo, de cardiopatas ativos, a literatura é ainda mais escassa, justificando a proposta de realização desde estudo. Assim, nossa hipótese é que a música interfere na VFC em indivíduos cardiopatas.…”
A música ocasiona diferentes respostas fisiológicas, algumas delas são alterações na pressão arterial, na frequência cardíaca e respiratória. Na literatura pesquisada foram encontrados poucos estudos que avaliam os efeitos da música na modulação autonômica cardíaca, sobretudo em pacientes cardiopatas ativos. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar a modulação autonômica da frequência cardíaca sob o efeito de estímulo musical, por meio da análise da variabilidade da frequência cardíaca pelos métodos lineares e não-lineares. Metodologia: Participaram do estudo 11pacientes cardiopatas ativos. Os voluntários permaneceram, antes do início do teste, em repouso por cinco minutos e 30 segundos e foram expostos a quatro músicas com ritmos diferentes, de forma aleatória, durante cinco minutos e 30 segundos cada uma; com um intervalo de 15 segundos entre elas. Foram analisados os índices lineares e não lineares, estatísticos e geométricos no domínio do tempo e os índices no domínio da frequência. Para análise dos dados foi realizado o teste de Friedman, com post-teste de Bonferroni, com nível de significância de 5%. Resultados: Foram encontrados valores médios de batimentos cardíacos repetitivos significativamente maiores (p<0,05) durante a música "Send my love" quando comparado ao repouso. Foi observado que não foram encontrados valores estatisticamente significantes nos diferentes espectros de potência, na razão BF/AF e nos índices não-lineares, quando comparadas as diferentes exposições musicais e ao repouso. Conclusão: Os índices de variabilidade de frequência cardíaca não foram alterados pela exposição musical nessa população estudada.
“…Ultimamente, as pesquisas científicas descrevem sobre a relação existente entre estímulos musicais e sistema cardiovascular (Hanser, 2014). Evidências experimentais mostram que, a depender do estilo musical oferecido, as emoções evocadas terão um efeito com respostas variadas sobre a regulação da atividade cardíaca regional, FC, VFC, PA e frequência respiratória (FR) (Seiji et al, 2021;Koelsch & Jancke, 2015). Em um estudo com 27 mulheres saudáveis entre 18 e 30 anos, que comparou a resposta aguda do sistema nervoso autônomo diante dos estímulos musicais clássico e heavy metal, durante 10 minutos, relatou maior valor durante a exposição à música do tipo clássica, porém sem diferença estatística (Etzel et al, 2006).…”
Section: Discussionunclassified
“…Atualmente, existem poucos trabalhos na literatura (Seiji et al, 2021;Zanini et al, 2009;Hatem, Lira & Mattos, 2006) que comprovam os benefícios trazidos pela música na população como um todo, sendo que na população específica desse estudo, de cardiopatas ativos, a literatura é ainda mais escassa, justificando a proposta de realização desde estudo. Assim, nossa hipótese é que a música interfere na VFC em indivíduos cardiopatas.…”
A música ocasiona diferentes respostas fisiológicas, algumas delas são alterações na pressão arterial, na frequência cardíaca e respiratória. Na literatura pesquisada foram encontrados poucos estudos que avaliam os efeitos da música na modulação autonômica cardíaca, sobretudo em pacientes cardiopatas ativos. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar a modulação autonômica da frequência cardíaca sob o efeito de estímulo musical, por meio da análise da variabilidade da frequência cardíaca pelos métodos lineares e não-lineares. Metodologia: Participaram do estudo 11pacientes cardiopatas ativos. Os voluntários permaneceram, antes do início do teste, em repouso por cinco minutos e 30 segundos e foram expostos a quatro músicas com ritmos diferentes, de forma aleatória, durante cinco minutos e 30 segundos cada uma; com um intervalo de 15 segundos entre elas. Foram analisados os índices lineares e não lineares, estatísticos e geométricos no domínio do tempo e os índices no domínio da frequência. Para análise dos dados foi realizado o teste de Friedman, com post-teste de Bonferroni, com nível de significância de 5%. Resultados: Foram encontrados valores médios de batimentos cardíacos repetitivos significativamente maiores (p<0,05) durante a música "Send my love" quando comparado ao repouso. Foi observado que não foram encontrados valores estatisticamente significantes nos diferentes espectros de potência, na razão BF/AF e nos índices não-lineares, quando comparadas as diferentes exposições musicais e ao repouso. Conclusão: Os índices de variabilidade de frequência cardíaca não foram alterados pela exposição musical nessa população estudada.
“…A partir de então, os voluntários foram orientados a manter-se em repouso na posição sentada, com uma respiração tranquila e evitando conversar com os avaliadores. Após dez minutos, para estabilização das variáveis cardiorrespiratórias, foi iniciada a coleta dos dados de frequência cardíaca de repouso por 5 minutos e trinta segundos, na posição sentada em uma sala com o ambiente silencioso (Seiji et al, 2021). Depois desse período, os voluntários foram expostos a um período de 22 minutos de música, mantendo a mesma coleta de FC.…”
Section: Protocolo Experimental: Avaliação Da Modulação Autonômica Da Frequência Cardíacaunclassified
“…A música existe na sociedade humana desde o período da pré-história, provavelmente devido à possibilidade de se expressar, da regulação das emoções e pelo prazer proporcionado ao ouvi-la (Zatorre, Salimpoor, 2013). Estudos clínicos indicam que a música diminui a ansiedade, reduz a pressão arterial e promove alteração na variabilidade da frequência cardíaca (Nakamura et al, 2007;Nogueira et al, 2015;Nieto-Romero, 2017;Melo et al, 2018;Tshiswaka & Pinheiro, 2020;Silva et al, 2021;Seiji et al, 2021) e a frequência cardíaca em situações estressantes associadas a procedimentos da clínica laboratorial (Sokhadze, 2007), sendo utilizada inclusive para tratamentos de desordens neuropsiquiátricas (Fukui & Toyoshima, 2008).…”
Section: Introductionunclassified
“…Tal normalização se dá por meio da divisão da potência de um dado componente pela potência total, subtraída do componente de MBF e multiplicada por 100 (Pagani et al, 1988;Malliani et al, 1991; European Society of Cardiology e the North American Society of Pacing Electrophysiology, 1996). O estudo dos efeitos da música sobre a modulação autonômica da frequência cardíaca também vem sendo realizado com aplicação na prática clínica, como por exemplo, associado ao tratamento de câncer (Chuang et al, 2011), na ansiedade pré-operatória (Lee et al, 2011;Lee et al, 2012), em demência ou doenças cerebrovasculares de jovens (Okada et al, 2009), assim como em diferentes faixas etárias (Seiji da Silva et al, 2021), dentre outros. Assim é evidente o efeito da música sobre o sistema nervoso autônomo e consequentemente sobre a variabilidade da frequência cardíaca.…”
O objetivo foi avaliar a modulação autonômica da frequência cardíaca em estímulos musicais em indivíduos musicalizados (GM) e não musicalizados (GNM). Foram avaliados 96 voluntários. Quatro músicas diferentes (M1, M2, M3 e M4) foram executadas. A análise dos dados foi feita no domínio do tempo pelos índices de RMSSD (raiz quadrada da média do quadrado das diferenças entre intervalos da variabilidade da frequência cardíaca consecutivos. Este parâmetro fornece uma quantificação das variações abruptas da variabilidade) e pNN50 (NN50: quantidade absoluta (contagem) de intervalos NN que diferem mais de 50ms em relação ao intervalo anterior - pNN50: porcentagem de NN50 em relação à quantidade total de intervalos NN), e no domínio da frequência pelos índices de baixa frequência - LF (atividade simpática), alta frequência - HF (atividade parassimpática) e LF/HF (balanço simpático-vagal). Resultados: O GM apresentou menor atividade parassimpática durante a exposição a diferentes tipos de música, independente do sexo (p<0,05). Porém, durante a execução da M3, foram observados valores maiores de BF no grupo feminino (p<0,05). No grupo masculino foram encontrados aumento na banda BF e na relação BF/AF durante a execução de música excitatória e sedativa (p<0,05). No GNM, os resultados foram semelhantes entre os diferentes tipos de música, confirmados por comparação específica entre grupos onde houve diferenças significativas entre eles (p<0,05), exceto no BF durante o M3, com valores menores para o GNM. Conclui-se que o estímulo músical provocou alteração da VFC nos individuos avaliados.
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