“…As famílias imigrantes afrodescendentes, saem de seu país, levando, em suas malas, a cultura, suas raízes e buscando refúgio, onde o viver humano, sobreviver, ganha relevância. É nesta busca de dias melhores que a "família" surge como a potência, que alimenta e permite sonhar com um mundo de esperança, mantendo, assim, o sonho daquilo que se quer que um dia ele seja, a família constitui-se em sentimento de pertencimento, em vínculo interno entre gerações, entre gêneros, adoção, repleta de elementos fundamentais, a comunicação efetiva, o perdão, a flexibilidade, a afinidade, a felicidade, a união, o afeto, a presença, a harmonia, a tolerância, a liberdade, a segurança e a reciprocidade (9) . É neste encontro entre pessoas consanguíneas, ou não, que a família desponta como a potência que, se refletir no quotidiano das famílias imigrantes refugiadas, não parece possível, visto que vivem, diariamente, privações de direitos.…”