“…As características do artivismo (arte + ativismo) digital contemporâneo são herdadas por meio de uma linhagem histórica que remonta à Internationale Situationniste (IS), passando pelo movimento estudantil do Maio de 68 (Trespeuch-Berthelot, 2020), o faça-você-mesmo (do-it-yourself -DIY) do Punk da década de 1970, e o hacktivismo, que se apropriou do conceito e influenciou não apenas os grupos próximos à cibercultura, mas também a própria indústria da tecnologia da informação (Leão et al, 2017). Do détournement da IS ao atual meme, a cultura de oposição ao poder instituído implicou a renegociação das perceções artísticas, surgindo ideias de concatenação momentânea do ultrapassado e do prospectivo, de organização e espontaneidade, de ateliê e rua, de presença e efemeridade, de arte e política (Siegelbaum, 2011).…”