Imagens que pairam: A fantasmagoria das imagens em circulação

Abstract

Na midiatização se verifica a ascensão das superfícies que, potencializadas pelos protocolos sociossemiotécnicos, acionam memórias e alteram as noções de tempo e de referência. As imagens são inseridas na circulação midiática tanto por instituições jornalísticas quanto por atores sociais que reelaboram os sentidos, mas preservam a força de imagens anteriores. O artigo discute a circulação e, especialmente, as reminiscências da imagem do menino sírio Aylan Kurdi, pois a imagem se presentifica em outras fotografias e vídeos de conflitos na região da Síria. Questiona-se: em que medida a fotografia do menino se instala como uma fantasmagoria? Assim, acionamos a análise empírica e os conceitos de “iconologia dos intervalos” e “nachleben” de Warburg (2013), de corporeidade em Kamper (2016), e dos aportes específicos da midiatização.

“Você Se Abre Para Escrutínio”: O Público E O Privado Nas Elaborações Sobre Síndrome De Turner Na Ambiência Da Midiatização

“…Isso ocorre, especialmente, porque esse momento de transformação está em pleno desenvolvimento, ou seja, é importante compreender que é um processo incompleto e que irá se modificar com o tempo, especialmente porque na sociedade em vias de midiatização há uma aceleração do tempo histórico e uma mudança na noção de referência (VERÓN, 2014;ROSA, 2017). Sendo assim, apreender como as pacientes com a desordem cromossômica desenvolvem experiências comunicacionais a partir dos recursos disponíveis e quais sentidos produzidos estão em circulação são necessários porque:…”

Um Olhar Sobre O Acontecimento Midiatizado: Dos Meninos Tailandeses Na Caverna Às Narrativas Em Circulação

“…Não é uma caverna qualquer, são crianças perdidas, são vidas que nos fazem pensar em nossa própria percepção de vida e em nossa condição de liberdade. Assim, Rosa (2017), destaca:…”

“…Rosa (2019, p. 23) trabalha com a ideia de que "[...] a permanência das imagens como produtos da e para a circulação e, ao mesmo tempo, como acionadoras de fluxos, que se expandem e se exasperam em proporções muitas vezes impensadas". Esta circulação ocorre nos dispositivos midiáticos que são entendidos como pontos de intersecção entre as instituições midiáticas, mas também entre os atores sociais (ROSA, 2017). No acontecimento em questão a circulação é intermidiática a partir do momento em que tanto o jornalismo como o documentário, antes reportado, utilizam de imagens produzidas durante os acontecimentos para construir um circuito de narrativa.…”