2014
DOI: 10.5007/2175-8026.2014n67p115
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Imagens de Presentes/Fantasmas de Passados

Abstract: Resumo:A questão da representação de sujeitos nas Américas sempre constituiu um ponto de (des)encontros, convergências. Representar indígenas, escravos e/ou trabalhadores assalariados era uma atividade que incorporava muito de atitude etnográfica e que, no entanto, podia compor a caracterização de uma localidade. Neste trabalho, apresento uma seleção de três fotógrafos, Marc Ferrez, Christiano Junior e Martín Chambi, que contribuíram para formar uma imagem pessoal de determinados locais da América Latina. Os e… Show more

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“…XIX trouxe duas abordagens que embora semelhantes em estilo e forma eram bastante distintas no que tange às justificativas e aos meios de circulação. Num caso, afim de possuir um retrato de si mesmo, pessoas estavam dispostas a posar diante do fotógrafo e pagar por um produto, o que trazia certa distinção social, símbolo de status burguês.Noutro caso, os fotografadosnegros escravizados, indígenas e trabalhadores subalternostinham suas imagens tomadas não por interesse próprio, mas do profissional da câmera, movido pelo impulso de catalogação etnográfica de tipos humanos que a fotografia se prestava naquele momento(Andrade, 2014).Nas fotografias de tipos humanos, a alteridade é o exótico e não cabia aos protagonistas das fotos a posição de clientes cujas imagens se voltariam para circulação familiar em espaços privados (Muaze, 2017). Os registros dos corpos tinham um valor de venda como cartões postais de lugares distantes e pitorescos como o Brasil com forte apelo para consumidores estrangeiros ou para brasileiros que iam até a Europa e levavam consigo uma representação dos costumes vividos.…”
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“…XIX trouxe duas abordagens que embora semelhantes em estilo e forma eram bastante distintas no que tange às justificativas e aos meios de circulação. Num caso, afim de possuir um retrato de si mesmo, pessoas estavam dispostas a posar diante do fotógrafo e pagar por um produto, o que trazia certa distinção social, símbolo de status burguês.Noutro caso, os fotografadosnegros escravizados, indígenas e trabalhadores subalternostinham suas imagens tomadas não por interesse próprio, mas do profissional da câmera, movido pelo impulso de catalogação etnográfica de tipos humanos que a fotografia se prestava naquele momento(Andrade, 2014).Nas fotografias de tipos humanos, a alteridade é o exótico e não cabia aos protagonistas das fotos a posição de clientes cujas imagens se voltariam para circulação familiar em espaços privados (Muaze, 2017). Os registros dos corpos tinham um valor de venda como cartões postais de lugares distantes e pitorescos como o Brasil com forte apelo para consumidores estrangeiros ou para brasileiros que iam até a Europa e levavam consigo uma representação dos costumes vividos.…”
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